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    Dívida pública avança e alcança os R$ 5,05 tri em janeiro, diz Tesouro

    A alta de 0,99% janeiro é resultado da maior emissão de títulos públicos, que totalizou R$ 155,354 bilhões

    Moedas de real. 15/10/2010.
    Moedas de real. 15/10/2010. Foto: REUTERS/Bruno Domingos

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

     

    A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil avançou 0,99% no primeiro mês do ano, atingindo os R$ 5,059 trilhões. Até dezembro, a DPF somava R$ 5,009 tri. 

    Os dados foram divulgados pelo Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (24). A DPF, que inclui o endividamento interno e externo do governo federal, é a emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, que arrecada menos do que gasta. 

     

    A alta de janeiro é resultado da maior emissão de títulos públicos, que totalizou R$ 155,354 bilhões. Os resgates de papéis somaram R$ 148,540 bilhões em janeiro. O fato das emissões terem superados os regates indica que o Tesouro está pegando mais recursos emprestados com o mercado financeiro para pagar os gastos extras com o combate à pandemia. A emissão de títulos públicos é usada para cobrir o rombo das contas públicas e o alto volume de empréstimo contribui para que o nível de estoque da dívida dispare. 

    A emissão líquida em dezembro foi de R$ 6,813 bilhões no primeiro mês do ano. “Destaca-se que pela primeira vez na série histórica foi registrado emissão líquida no mês de janeiro, que tipicamente concentra volumes maiores de vencimentos”, pontua o Tesouro. Somente com juros foram gastos R$ 42,942 bilhões em janeiro. 

    A expectativa da equipe econômica é de que a dívida pública termine o ano de 2021 entre R$ 5,6 trilhões e R$ 5,9 tri. Em 2020, a DPF registrou crescimento recorde por causa do aumento de gastos com a pandemia, alcançando, pela primeira vez, o patamar dos R$ 5 trilhões. 

    Na avaliação do Tesouro Nacional, a detorioração dos cenários externo e doméstico trouxe volatilidade para o início de 2021. 

    “No externo, ainda que a vacinação tenha avançado em diversos países, a descoberta de variantes do Covid-19 voltou a trazer apreensão aos mercados. No doméstico, a curva de juros apresentou alta nas taxas, reagindo às expectativas em relação à Política Monetária e às discussões sobre a prorrogação do auxílio emergencial e seu impacto nas contas públicas”, explica.