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    Deutsche Bank lidera com US$ 1 bi lista de 7.720 credores da Americanas

    Companhia, que tem como acionistas de referência o mesmo trio bilionário de investidores que fundou a 3G Capital, pediu recuperação judicial na semana passada

    Sede do Deutsch Bank em Frankfurt
    Sede do Deutsch Bank em Frankfurt Unsplash

    Reuters

    A Americanas divulgou nesta quarta-feira (25) uma lista de 7.720 credores, e dívidas totalizando R$ 41,2 bilhões, com o Deutsche Bank respondendo pela maior exposição à varejista, de US$ 1 bilhão de dólares (R$ 5,2 bilhões).

    A companhia, que tem como acionistas de referência o mesmo trio bilionário de investidores que fundou a 3G Capital, pediu recuperação judicial na semana passada, após revelar “inconsistências” contábeis. O movimento levou grandes investidores, como BlackRock e Capital International, a reduzirem suas posições na empresa.

    Outros bancos com exposição à varejista incluem Bradesco, com R$ 4,51 bilhões; Santander Brasil, com R$ 3,65 bilhões; BTG Pactual, com R$ 3,5 bilhões; BV, com R$ 3,28 bilhões; Itaú Unibanco, com R$ 2,73 bilhões; e Safra, com R$ 2,5 bilhões.

    Na véspera, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu o bloqueio de cerca de R$ 1,2 bilhão da Americanas em poder do BTG Pactual, que havia sido obtido via mandado de segurança impetrado pelo banco de investimentos.

    O BTG entrara na Justiça contra decisão que, entre outras matérias, concedia à varejista o direito de reaver valores compensados por credores no âmbito de decisão judicial de 13 de janeiro.

    A Americanas também conseguiu decisão favorável contra “arresto/sequestro dos valores reclamados pela companhia e que tinham sido bloqueados pelos Bancos Safra e Votorantim”. O dinheiro bloqueado voltará a ser de propriedade da companhia, no entanto, deverá ser mantido em depósito judicial.

    Na véspera, Itaú Unibanco e Bradesco rejeitaram alegações de que os bancos têm responsabilidade na situação da Americanas.

    As ações da Americanas subiam 6,25%, a 0,85 real, na bolsa paulista nesta quarta-feira. Antes do anúncio sobre a descoberta dos problemas contábeis, o papel valia R$ 12.

    Mais cedo nesta quarta-feira, a Americanas divulgou que a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, reduziu sua participação na empresa para cerca de 0,12% das ações, mais 0,36% via instrumentos de derivativos. Em dezembro, segundo dados no site da Americanas, essa fatia era ao redor de 5,05%.

    No começo da semana, a Capital International Investors (CII) comunicou a companhia sobre a redução de sua participação acionária na varejista de 7,04% para 4,07%.