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    Desemprego deve cair até o fim do ano, diz ministro do Trabalho à CNN

    Luiz Marinho detalhou ainda a proposta da nova política de valorização do salário mínimo

    João RosaRudá Moreirada CNN

    em Brasília

    O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que deve haver uma diminuição do índice de desemprego no Brasil até o fim do ano, por conta da retomada de obras paralisadas. A previsão foi feita em entrevista exclusiva à CNN.

    “Eu acredito que podemos esperar um processo de crescimento da geração de emprego ao longo do ano. Assumimos o governo com 14 mil obras paradas pelo país, retomamos algumas e outras serão retomadas até o fim do ano”, declarou o ministro.

    No mês de março, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou a criação de 195.171 postos de trabalho com carteira assinada, o que representa o maior registro desde setembro do ano passado. Sobre esses dados, o ministro afirmou: “seguramente isso é resultado da retomada das obras paradas.”

    Marinho também se mostrou otimista em relação à Medida Provisória (MP) que deverá aumentar o salário mínimo para R$1.320. O governo promete publicar o texto nesta segunda-feira (1º).

    Durante a entrevista, o ministro também detalhou a proposta do governo para a política de valorização permanente do salário mínimo. O projeto vai utilizar a mesma fórmula das gestões passadas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que leva em conta o cálculo da inflação dos últimos 12 meses, e também a variação do PIB dos dois anos anteriores.

    O ministro afirma estar confiante em relação à tramitação da proposta no Poder Legislativo. “Eu creio que o Congresso terá sensibilidade para aprová-la. As teses que [o projeto] podia ser danoso à saúde da economia foram derrubadas pela prática dessa política no governo Lula e Dilma”, avaliou o ministro.

    Sobre a isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 2.640, o ministro comentou que a medida deve passar a valer no dia 1º de maio.

    Ainda segundo Marinho, a intenção do governo é isentar quem ganha até R$ 5 mil, o que vai ocorrer de forma gradual até o fim do mandato, em 2026.

    “Isso é muito importante, somado com a política do salário mínimo dá uma condição de maior poder aquisitivo dos baixos salários do país”, declarou o ministro.

    Marinho também afirmou que o imposto sindical não deve voltar da mesma forma que era no passado e que acredita ser possível pensar em uma legislação que atenda os trabalhadores e os sindicatos.