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    Desemprego cai a 9,4% em abril, menor nível desde outubro de 2015, aponta Ipea

    Estudo divulgado pelo instituto utiliza como base os dados da Pnad Contínua, do IBGE

    Stéfano Sallesda CNN

    Rio de Janeiro

    Um estudo divulgado nesta sexta-feira (24), pelo Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), aponta que a taxa de desemprego recuou em abril e chegou a 9,4%. O dado foi calculado pelo órgão a partir dos números trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostral de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE). Esse é o menor nível registrado desde outubro de 2015.

    A análise interanual aponta que a taxa de desocupação recuou 4,9% pontos percentuais em relação a 2021. A população ocupada em abril alcançou 97,8 milhões de trabalhadores, o índice mais alto desde o início da PNAD, em 2012. A força de trabalho cresceu 3,7% de janeiro e abril e atingiu 109,1 milhões de pessoas, maior contingente já apurado na pesquisa.

    Atualmente, segundo o trabalho, são cerca de 11 milhões de pessoas desempregadas pelo país. A retomada do emprego é classificada como generalizada: ocorre em todas as regiões, segmentos etários, educacionais e atinge todos os setores da economia. No entanto, ela é mais acelerada nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde as taxas de desemprego são de 8,5% na primeira e de 11,1% na segunda.

    Nacionalmente, os mais jovens foram os mais beneficiados pela redução: a taxa de desemprego neste grupo, que chegou a 30% no primeiro trimestre, caiu para 22,8%. No entanto, ainda é mais que o dobro do índice registrado na população brasileira em geral.

    Foram analisados 13 setores econômicos no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, e seis deles apresentaram crescimento de ocupação superior a 10%. Os destaques foram os segmentos de alojamento e alimentação (32,5%), serviços pessoais (19,5%) e domésticos (19,4%).

    O trabalho apontou ainda redução no desalento: classificação utilizada para incluir as pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego por acreditar que não seria possível encontrar um posto de trabalho. A proporção de desalentados recuou de 5,1% para 3,7% e representa um total de 4,2 milhões de pessoas. É o menor total desde setembro de 2017.

    Cerca de 6,5% da população trabalha menos de 40 horas semanais e gostaria de trabalhar mais. Essa é a classificação de subocupados: eles são 6,4 milhões de pessoas. O dado atual reflete uma queda de 1,7 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2021.