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    Deputados debatem se Lula age corretamente ao retirar Correios do programa de privatização

    Governo retirou os Correios e outras estatais do programa de privatização. O decreto foi assinado pelo presidente Lula (PT) na última quinta-feira (6)

    Layane SerranoRenata Souzada CNN , em São Paulo

    Em painel promovido pela CNN nesta sexta-feira (7), os deputados Rodrigo Gambale (Podemos) e Orlando Silva (PCB) debateram sobre a retirada dos Correios do Programa Nacional de Desestatização (PND), anunciada hoje pelo governo.

    Gambale defende a privatização da estatal. Contudo, afirma que é preciso um amplo estudo antes de qualquer tipo de operação. O deputado relembra o caso da Vale que, segundo ele, foi privatizada por um valor ínfimo.

    “Acredito que os Correios tem um caminho para ser privatizado, mas não pode acontecer o que ocorreu com a Vale, um valor ínfimo para o país, o país não ter nenhum tipo de ganho e fazermos algo sem nenhum tipo de avaliação. Tendo na direção [da empresa] pessoas da área privada com capacidade técnica e estudo, os Correios teria muito mais retorno para o país do que atualmente”, disse.

    Já o deputado Orlando Silva avalia que a empresa possui um caráter estratégico para o Brasil e consegue alcançar locais do país onde não haveria interesse econômico.

    “Os Correios tem um caráter estratégico, ainda mais na era digital, onde o comércio eletrônico passou a ser um tema chave. Quem tem capacidade de chegar no Brasil inteiro? São os correios. Quem tem capacidade de chegar em locais onde não há interesse econômico, a periferia, os rincões do Brasil? São os Correios”.

    Além do Correios, o governo retirou outras estatais do programa de privatização como a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev). O decreto foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última quinta-feira (6).

    Planos de privatizações

    Logo no começo de seu mandato, Lula determinou aos novos ministros que sejam tomadas providências para revogar os atos que dão seguimento às privatizações de estatais.

    O despacho publicado no dia 2 de janeiro de 2023 justifica a medida em razão de uma “necessidade de assegurar uma análise rigorosa dos impactos da privatização sobre o serviço público ou sobre o mercado no qual está inserida a referida atividade econômica”.

    Confira o debate na íntegra no vídeo acima. 

    *Publicado por Pedro Zanatta.

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