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    Déficit primário deve ser de R$ 787,45 bilhões, diz governo

    O cálculo levou em conta uma projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,7%, conforme divulgado pela Secretaria de Política Econômica

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

    A equipe econômica estima que o buraco fiscal nas contas do Governo Central seja de R$ 787,449 bilhões. Caso confirmado, o valor, que considera uma recessão econômica de 4,7%, será o pior para a série histórica do resultado primário do Governo Central, que inclui as contas do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência Social.  

    O número está no relatório de avaliação de receitas e despesas do orçamento, publicado nesta quarta-feira (22). A última edição do relatório, divulgada em maio, ainda esperava rombo de R$ 540,533 bilhões. Na nova previsão o déficit é 45,6% mais alto. 

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    As projeções não incluem as contas de estados e municípios. Quando considerados os resultados dos governos regionais, a última projeção do governo para o déficit do setor público consolidado é de R$ 828,6 bilhões, considerando uma queda de 6,5% do PIB, estimada pelo Boletim Focus. 

    O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues destacou que apesar do déficit estimado ser alto, o governo terá uma folga de R$ 2,804 bilhões no teto de gastos deste ano. Ele voltou a dizer que os indicadores macroeconômicos indicam que o pior mês da crise econômica foi abril, com início da retomada em maio. 

    “A queda na atividade econômica não foi tão intensa quanto esperado. No lado da receita, por exemplo, temos uma queda, mas não tão pronunciada quanto os dados apontavam há dois meses atrás. Por conta do enfrentamento da Covid-19 temos um aumento pelo lado da despesa primária”, observou. 

    A projeção do ministério da Economia é de que a receita primário some R$ 1,456 bilhão. Já as despesas, devem ficar em R$ 1,982 bilhão. Outros R$ 260,879 bi são previstos em transferências por repartição de receita. 

    Em 2020, a meta do déficit primário era de até R$ 124,1 bilhões. No entanto, com o aumento de gastos públicos para o combate da pandemia da Covid-19 e o estado de calamidade pública, o governo federal foi autorizado a descumprir a meta.

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