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    Déficit primário de R$ 35,8 bi em julho é pior que o esperado, diz Itaú

    Banco aponta implementação da PEC da Transição como fator para o aumento significativo nos gastos

    Os déficits do governo central e dos governos regionais também frustraram a expectativa da instituição
    Os déficits do governo central e dos governos regionais também frustraram a expectativa da instituição Rio de Janeiro, Brasil29/01/2014REUTERS/Sergio Moraes

    Diego Mendesda CNN São Paulo

    O Itaú afirmou que o déficit primário de R$ 35,8 bilhões do setor público em julho, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (31), foi pior do que o esperado pela instituição.

    De acordo com a análise, a expectativa era de um déficit de R$ 30,2 bilhões.

    Segundo os dados do BC, o déficit do governo central — que inclui Previdência, BC e Tesouro Nacional — foi R$ 32,5 bilhões, acima do déficit de R$ 31,9 bilhões esperado pelo banco.

    Pelo lado dos governos regionais — estados e municípios —, o Itaú estimava um superávit de R$ 1 bilhão, ante resultado de negativo em R$ 4,2 bilhões.

    Em nota, o Itaú acredita que a implementação da PEC da Transição implicou em um aumento significativo no gasto público, sugerindo um risco de volta a uma trajetória de elevação da dívida pública.

    “O arcabouço fiscal a ser implementado em 2024 promete um limite para o crescimento dos gastos, com exceções bem delimitadas e trajetória ambiciosa de resultado primário”, avalia o banco.

    Segundo a instituição, os principais desafios pela frente estão relacionados a implementação da trajetória almejada e consequentes ganhos de credibilidade e consolidação da regra, focando inicialmente na recomposição do nível de receitas, após as perdas com desonerações do ano passado e diante do aumento do gasto permitido pelo arcabouço para o ano que vem.

    Veja também: Governo prevê zerar déficit com propostas no Congresso