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    Decisão de aumentar juros na Europa deve evitar crise ainda maior, diz economista

    À CNN Rádio, Roberto Attuch avaliou que a decisão do BCE não deve ter interferência direta no Brasil

    Amanda Garciada CNN

    O anúncio da elevação da taxa de juros da zona do euro em 0,5 ponto percentual surpreendeu o mercado, mas foi a decisão correta, para o economista e CEO da OHMResearch, Roberto Attuch.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que o Banco Central Europeu, com a decisão – que foi a primeira alta desde 2011 –, “vai ajudar a ancorar as expectativas de depreciação do euro, o que seria ruim.”

    O economista destaca que um ponto importante é o que a União Europeia vai fazer para “combater a antifragmentação”, que é o método de evitar que os spreads dos países da periferia, como a Itália, “saiam do controle.”

    O spread se refere à diferença dos títulos públicos vendidos pela Itália e pela Alemanha, que é a líder da Zona do Euro, que é muito grande e coloca a administração da dívida italiana em risco – e, portanto, aumenta os riscos de uma crise generalizada.

     

    Attuch vê muitos riscos conectados, como a crise política na Itália e no Reino Unido, potencializadas pela Guerra na Ucrânia e também pelo choque de oferta pela saída da pandemia de Covid-19.

    “Para a gente vislumbrar alguma saída da crise, a guerra tem que acabar”, avalia.

    O economista acredita que este movimento específico dos juros não deve ter impacto direto no Brasil.

    “O que deve acontecer é que o BCE conseguirá evitar um derretimento do valor do euro, que causaria uma crise bancária da Europa, sem controle de spreads, como em 2012, aí sim as coisas poderiam piorar bastante, porque afetaria o crescimento da economia global, tem pouco efeito [para o Brasil], mas evita crise global”.