Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Datas dos próximos leilões serão cumpridas e empresas devem se adequar, diz Renan Filho

    De acordo com ministro dos Transportes, interessados chegaram a pedir mais prazo para estudar projetos; governo federal prevê mais duas concessões de rodovias ainda neste ano

    Renan Filho ministro dos Transportes, durante leilão de rodovias do Paraná na B3, em São Paulo
    Renan Filho ministro dos Transportes, durante leilão de rodovias do Paraná na B3, em São Paulo Twitter/Reprodução (29/09/2023)

    Juliana Eliasda CNN

    em São Paulo

    O ministro dos Transportes, Renan Filho, reiterou a agenda de concessões prevista pelo governo federal ainda para este ano e afirmou que os prazos previstos não serão mudados.

    O governo federal realizou nesta sexta-feira (29) a segunda concessão da gestão Lula, de um conjunto de rodovias federais e estaduais no Paraná, e tem agendados mais dois até o fim do ano: a BR-381, em Minas Gerais, marcada para novembro, e o trecho de Juiz de Fora até Belo Horizonte da BR-040, também em Minas, previsto para dezembro.

    “Queria dizer a todos os operadores de mercado que nós vamos cumprir os prazos do edital”, disse Renan, que falou após o encerramento do leilão de rodovias do Paraná nesta tarde, realizado na sede da B3 em São Paulo.

    “Este edital teve solicitações diversas para que déssemos mais prazo para que as pessoas pudesse estudar. Nós vamos cumprir os prazos dos editais e convido a inciativa privada a de adequar aos prazos dos leilões, aumentando a estrutura, fortalecendo a capacidade de análise dos projetos. Postergar a análise dos projetos significa não atrair capital privado, e isso é ruim para o Brasil.”

    Com apenas uma empresa interessada, o leilão de um conjunto de 12 rodovias com total de 604,66 quilômetros no Paraná foi realizado na tarde desta sexta.

    O consórcio formado pelas empresas EPR Participações e Perfin arrematou o lote com um lance único de desconto de 0,08% sobre a tarifa máxima prevista para os pedágios a serem cobrados – a vencedora seria aquela que oferecesse o menor valor de pedágio para operar os trechos e realizar os R$ 10 bilhões de investimentos encomendados pelo edital para os próximos 30 anos para eles.

    As tarifas previstas, entretanto, já estavam em média 56% menores do que os valores atualmente praticado nas praças de pedágio que passarão, agora, para a nova concessionária.

    Em entrevista recente ao diretor editorial da CNN em Brasília, Daniel Rittner, Renan Filho reiterou o plano do governo Lula de realizar 35 concessões até o fim de seu mandato, “sendo de 14 a 15 nos dois primeiros anos”, e de conciliar mais investimentos públicos com iniciativas para atrair, também, mais capital privado.

    “Será diferente do ano passado, que não teve investimentos porque o teto de gastos bancado pelo ex-ministro [da Economia] Paulo Guedes transformou o Brasil em um país que investe muito pouco, aí não dá para fazer ferrovia”, disse o ministro.

    “Precisamos investir um pouco mais de recursos públicos para ter mais capacidade de atrair capital privado.”