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    CVM questiona declaração de CEO da Vale sobre potencial IPO de metais básicos

    CEO afirmou que a companhia voltou a analisar a separação de sua operação de metais básicos e mencionou uma possível oferta pública inicial de ações

    Logo da Vale
    Logo da Vale Foto: Washington Alves / Reuters

    Por Mariana Durão, do Estadão Conteúdo

    A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pediu explicações à Vale sobre declarações do presidente da mineradora, Eduardo Bartolomeo, em teleconferência com analistas na última terça-feira, (27).

    O executivo afirmou que a companhia voltou a analisar a separação de sua operação de metais básicos e mencionou uma possível oferta pública inicial de ações (IPO).

    A autarquia questionou porque a informação não foi alvo de fato relevante. O executivo destacou que não há uma decisão tomada a respeito e que para um eventual spin off (cisão) é preciso trabalhar o que chamou de “fundações do negócio”, o que implica na reposição de capacidades em unidades como Salobo e na mina de Voiseys Bay. “É importantíssimo inclusive se (a Vale) for fazer um IPO”, disse.

    A menção ao IPO foi destacada pela CVM no pedido de esclarecimentos enviado à companhia. A superintendência de relações com empresas apura o caso de forma preliminar em um processo administrativo.

    Não há nenhuma acusação ou processo sancionador contra a companhia, ou seus executivos até aqui. A Vale respondeu ao ofício do órgão regulador por meio de comunicado ao mercado, como solicitado, às 22h13 da noite de quarta-feira, (28).

    A empresa afirma que já tornou públicas suas estratégias e metas para o negócio de metais básicos em comunicado ao mercado do Vale Day, em dezembro, e no seu Formulário de Referência, onde faz projeções para os negócios de níquel e cobre.

    “Como ressaltado em algumas oportunidades do discurso pelo próprio Sr. Eduardo Bartolomeo, apesar de a Companhia sempre analisar as diferentes estratégias e opções disponíveis no mercado, não há, no atual momento, nenhuma deliberação, decisão ou informação sobre o tema que, nos termos da Instrução CVM nº 358/02, ensejasse a divulgação de Fato Relevante”, diz o documento assinado pelo diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores, Luciano Siani.

    A CVM destaca que a Instrução CVM 358 prevê que cumpre ao diretor de RI divulgar e comunicar à CVM e, se for o caso, à bolsa de valores e entidade do mercado de balcão organizado em que os valores mobiliários de emissão da companhia sejam admitidos à negociação, qualquer ato ou fato relevante ocorrido, ou relacionado aos seus negócios, bem como zelar por sua ampla e imediata disseminação, simultaneamente em todos os mercados em que seus papéis sejam negociados.