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    Custos de importação de alimentos têm recorde e ameaçam mais pobres, diz FAO

    Cenário pode permanecer no próximo ano, mesmo que situação geral da oferta agrícola deva melhorar um pouco

    Por Maytaal Angel, da Reuters

    Os custos de importação de alimentos em todo o mundo devem atingir um recorde de quase US$ 2 trilhões em 2022, pressionando os países mais pobres do mundo, que provavelmente enviaram volumes consideravelmente menores de alimentos, disse a Agência de Alimentos da ONU (FAO) nesta sexta-feira (11).

    Os preços mundiais dos alimentos atingiram níveis recordes em março, depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, um importante produtor de grãos e oleaginosas, e embora tenham recuado um pouco desde então, permanecem acima dos altos níveis do ano passado.

    O aumento está afetando desproporcionalmente os países economicamente vulneráveis, e espera-se que isso permaneça no próximo ano, mesmo que a situação geral da oferta agrícola deva melhorar um pouco.

    “Estes são sinais alarmantes do ponto de vista da segurança alimentar”, disse a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em seu relatório semestral Food Outlook.

    A conta mundial de importação de alimentos deve chegar a US$ 1,94 trilhão este ano, um aumento de 10% em relação ao ano anterior e acima do esperado anteriormente, disse a FAO.

    Em termos de insumos agrícolas, como fertilizantes, que exigem muita energia para serem produzidos, a FAO disse que os custos globais de importação devem aumentar quase 50% este ano, para US$ 424 bilhões, forçando alguns países a comprar e usar menos esses produtos.

    Isso inevitavelmente levará a uma menor produtividade, menor disponibilidade doméstica de alimentos e “repercussões negativas na produção agrícola global e na segurança alimentar” em 2023, disse.

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