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    Crise hídrica pode atrair investimentos em energia renovável, diz especialista

    À CNN Rádio, o diretor-executivo do setor de energia da EY, André Flávio, sugeriu que a iniciativa privada pode ajudar a diversificar ainda mais as fontes de energia no Brasil

    Energia eólica
    Energia eólica Foto: Reuters/Pascal Rossignol

    Ricardo Gouveiada CNN

    As restrições no setor elétrico provocadas pela crise hídrica podem impulsionar ainda mais o interesse de empresários em investir em energias renováveis no Brasil. Essa é a avaliação do diretor-executivo do setor de energia da EY, André Flávio.

    O Brasil aparece na 11ª posição do Índice de Atratividade de Países em Energia Renovável, elaborado pela EY.

    André Flávio aponta que o Brasil tem um potencial enorme para de geração de energia, e que precisa contar com a iniciativa privada para expandir a diversificação.

    “É uma oportunidade de o país fazer essa transição. Isso vai demandar muitos recursos e o Estado não vai ser capaz de fomentar todo esse investimento”, completou.

    As fontes eólicas cresceram mais que as solares no Brasil nos últimos anos. “A gente está passando por um momento de crise por uma recessão hídrica, e aqui a gente tem o investimento em outras fontes renováveis, como a solar e a eólica”, aponta André Flávio.

    A EY estima uma inversão dessa lógica no futuro, além de ressaltar a possibilidade de investidores construírem usinas com captações diferentes num mesmo terreno.

    “Teremos parques geradores com mais de uma fonte de energia e elas se complementarão”, explica André Flávio. “O dia em que está nublado vai ventar mais, e o dia em que estiver parado vai entrar uma insolação maior. Um parque com energia eólica e solar numa mesma área vai impulsionar o aproveitamento, principalmente no Nordeste, onde temos esses dois potenciais.”

    O Índice de Atratividade de Países em Energia Renovável da EY classifica 40 países.

    O ranking é liderado pelos Estados Unidos, em meio à expectativa de que a gestão do presidente Joe Biden facilite investimentos para tornar o mercado americano menos dependente de combustíveis fósseis.