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    Criptomoedas oscilam com guerra na Ucrânia; veja perspectivas para cotação

    Tensão geopolítica tem levado investidores a reduzir exposições a risco, e os criptoativos acabaram sofrendo com esse movimento

    Para especialista, em breve teremos mais clareza sobre os impactos da guerra na Ucrânia
    Para especialista, em breve teremos mais clareza sobre os impactos da guerra na Ucrânia Roger Brown/ Pexels

    Artur Nicocelido CNN Brasil Business*

    São Paulo

    O ataque da Rússia à Ucrânia refletiu nas cotações das criptomoedas, que passaram a operar em queda logo após a invasão. A tensão geopolítica tem levado investidores a reduzir exposições a risco, e os criptoativos acabaram sofrendo com esse movimento.

    Na quinta-feira (24), o bitcoin chegou a cair 7,9%, para US$ 34.324, menor cotação desde 24 de janeiro. Na sequência, se recuperou um pouco e no final do dia era negociada a US$ 38.579. Outras criptomoedas, como o ethereum, seguiam a mesma trajetória.

    Segundo João Marco Cunha, gestor de portfólio da Hashdex, o desenrolar da crise pode aprofundar essa aversão ao risco e fazer com que investidores retirem mais recursos dos criptoativos —o que pode levar a uma queda maior nos preços.

    Já o chefe de estratégia financeira da empresa de criptomoedas Solrise Group, Jospeh Edwards, diz que o mercado cripto seguiu a desvalorização das ações globais.

    “Todas as coisas tendem a se correlacionar em crises. É provável que o pior esteja reservado nos próximos dias”, afirma.

    Jennie Li, estrategista de ações da XP, diz que as criptomoedas eram conhecidas por não terem relação com as bolsas mundiais e não serem afetadas por situações macroeconômicas e geopolíticas.

    “Mas esse cenário mudou. Nos últimos meses, os criptoativos tem se comportado como os ativos de risco. Tanto que vimos uma queda forte nos índices norte-americanos, principalmente em empresas de tecnologia, e as criptos caíram junto”.

    Caio Villa, diretor de investimentos da Uniera, afirma que, neste momento, de incertezas, a tendência é de queda, mas que isso deve se reverter.

    “Em breve teremos mais clareza sobre os impactos da guerra na Ucrânia, e conseguiremos mapear o cenário no médio e longo prazo, e, assim, as pessoas passarão a tomar mais risco, e os criptoativos voltarão a subir”.

    Já para Eduardo Grübler, gestor de renda variável da Warren, a invasão pode colocar em risco algumas redes de mineração, “o que é necessária uma atenção redobrada por parte dos investidores de criptomoedas”.