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    Crescimento do PIB precisa ser distribuído, diz Lula após resultado do trimestre

    Economia do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, em comparação com o trimestre anterior, de acordo com dados do IBGE

    Léo Lopesda CNN , em São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (1º), que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil precisa ser distribuído.

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou, nesta sexta, que a economia do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, em comparação com o trimestre anterior, de acordo com dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.

    “A gente não pode ficar assistindo na televisão que o PIB cresceu, mas não foi distribuído. Porque nunca foi nesse país”, declarou o presidente ao participar de evento no Ceará.

    Veja também: PIB cresce 0,9% no segundo trimestre de 2023, aponta IBGE

    “O PIB começou a crescer e ser distribuído quando nós resolvemos aumentar o salário mínimo em 77%, quando nós governamos esse país da outra vez porque, se não, não tem sentido”, completou.

    Lula disse que esperava que “alguns economistas brasileiros e o senhor presidente do Banco Central” estivessem assistindo à solenidade.

    “Essa gente precisa compreender que o dinheiro que existe nesse país precisa circular nas mãos de muita gente. Porque, se o dinheiro ficar parado na mão de poucas pessoas, é concentração de riqueza. Mas se o dinheiro é distribuído para muita gente, essa muita gente, que pega dinheiro como vocês, que compra e produz alguma coisa, esse dinheiro vai gerar mais emprego, mais desenvolvimento, mais comércio, vai gerar mais fábrica”, acrescentou.

    “Quando disse que eu queria que alguns economistas tivessem assistindo a esse ato, é para perceber o benefício que acontece no país quando a gente acredita no povo trabalhador e mais humilde”, concluiu.

    O discurso de Lula foi feito durante evento em Fortaleza, no Ceará, que celebrou o aniversário de dois anos de programas de microcrédito urbano e rural do Banco do Nordeste – o Crediamigo e o Agroamigo.

    De acordo com o Palácio do Planalto, o Crediamigo completa 25 anos e tem o objetivo de “contribuir para o desenvolvimento socioeconômico dos empreendedores”.

    “O programa atende atualmente cerca de dois milhões de pessoas em quase dois mil municípios e conta com uma carteira ativa próximo a R$ 5 bilhões. Entre seus clientes, 18% têm renda familiar mensal de até R$ 700 e 16% têm renda familiar de R$ 700 até R$ 1 mil”, informou o Planalto em comunicado.

    Já o Agroamigo, que completa 18 anos em 2023, tem o objetivo de desenvolver a agricultura familiar “mediante a concessão de microcrédito rural, produtivo, orientado e acompanhado, de forma sustentável”.

    “O programa atende atualmente 1,3 milhão de produtores rurais com microcrédito e conta com uma carteira ativa de R$ 6,6 bilhões. O perfil dos clientes desta modalidade mostra que 75% estão na região do semiárido e quase a metade (47,5%) são mulheres”, disse o Planalto.

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