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    Cortes de juros devem esperar até que Fed tenha confiança de que inflação está caindo para 2%, diz Powell

    No segundo dia de depoimentos no Congresso norte-americano, presidente do Federal Reserve ainda declarou que ajustará a taxa básica de juros em um "ritmo cuidadoso" a partir daqui

    da Reuters

    O teste para que o Federal Reserve (Fed) corte a taxa de juros é a confiança de que a inflação esteja caindo, e qualquer corte precisará esperar até que as autoridades estejam confiantes de que ela está desacelerando para a meta do banco central de 2%, disse o chair do Fed, Jerome Powell, nesta quinta-feira (22).

    “Não vemos isso acontecendo tão cedo”, disse Powell ao Comitê Bancário do Senado no segundo dia de depoimentos no Congresso. “O teste para isso é que estejamos confiantes de que a inflação está voltando para nossa meta de 2%. Queremos ter alguma confiança.”

    Embora a projeção mediana mais recente entre as autoridades do Fed mostre que os juros podem começar a cair no próximo ano, Powell disse: “Teremos que esperar um momento em que estejamos confiantes de que a inflação cairá para 2%”.

    Durante a audiência perante o Comitê Bancário do Senado norte-americano, o presidente do Fed também afirmou que a instituição ajustará a taxa básica de juros em um “ritmo cuidadoso” a partir daqui, à medida que as autoridades se aproximam de um ponto de parada para sua histórica rodada de aperto da política monetária.

    “Estamos pelo menos perto de onde achamos que nosso destino está… e só faz sentido nos movermos… em um ritmo cuidadoso”, disse Powell em audiência perante o Comitê Bancário do Senado norte-americano.

    “O objetivo” de deixar os juros estáveis ​​na reunião do Fed na semana passada, afirmou Powell, era precisamente diminuir a velocidade das altas nos custos dos empréstimos por parte do Fed.

    Investidores esperam agora que as altas sejam retomadas em julho, com o Fed talvez avaliando a necessidade de mais aumentos em sessões alternadas, algo comum em ciclos anteriores de aperto.

    “Não queremos fazer mais do que o necessário… A esmagadora maioria das pessoas no Comitê (Federal de Mercado Aberto) acha que há mais aumentos de juros por vir, mas queremos fazê-los em um ritmo que nos permita ver as informações recebidas.”

    Powell não especificou sua própria opinião sobre quando e até onde a taxa básica de juros deve subir. A maioria dos formuladores de política monetária vê pelo menos mais dois incrementos de 0,25 ponto percentual até o final de 2023.

    Mas Powell disse que compartilha a visão econômica ampla de seus pares de um crescimento econômico modesto, um ligeiro avanço no desemprego e uma inflação em declínio lento ao longo do resto do ano.

    É essa perspectiva, disse Powell, que levou a maioria das autoridades a sentir que mais uma ou duas altas de juros serão adequadas para encerrar a luta do Fed contra a inflação.

    “Se todas essas coisas acontecerem, estaremos a alguns aumentos de juros do nível que precisamos atingir”, afirmou Powell.

    O dirigente ainda foi questionado pelo senador democrata de Ohio, Sherrod Brown, presidente do Comitê Bancário do Senado, sobre a probabilidade de os esforços do Fed para controlar a inflação levarem a uma perda desproporcional de empregos para membros de grupos raciais e étnicos minoritários.

    “O que os diretores do Fed chamam de ‘esfriar’, as pessoas comuns onde eu moro chamam de demissões”, disse Brown, ao abrir uma audiência dominada por perguntas dos parlamentares republicanos sobre os planos do Fed de endurecer as regulamentações bancárias.

    “São as famílias trabalhadoras que sofrem mais direta e rapidamente com a inflação”, respondeu Powell.