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    Copa do Mundo deve impulsionar e-commerce no segundo semestre, diz associação

    De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, houve crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado; já no segundo semestre, a expectativa é que o setor fature R$ 91,5 bilhões

    Veja o faturamento anual do setor nos últimos anos
    Veja o faturamento anual do setor nos últimos anos Pickawood/Unsplash

    Filipe Brasilda CNN*

    Rio de Janeiro

    O setor de comércio eletrônico no Brasil deve se beneficiar da Copa do Mundo no segundo semestre de 2022, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

    A associação projeta faturamento de R$ 91,5 bilhões na segunda metade do ano, fechando 2022 com um total de R$ 165 bilhões em vendas. O número está abaixo dos R$ 169,6 bilhões estimados no início do ano, mas, segundo Alexandre Crivellaro, diretor de inteligência de mercado da associação, o evento deve impulsionar as compras on-line e o faturamento pode ser revisto e ficar bem próximo dos R$ 170 bilhões.

    “Esse ano teremos a Copa do Mundo, que deve alavancar bastante a venda de artigos esportivos e eletrônicos, como TVs. Além disso, outros fatores que estamos levando em conta são a leve queda no desemprego e também os auxílios que o governo está disponibilizando para população, que devem gerar uma boa injeção de dinheiro no mercado”, diz.

    Os números da associação mostram que o faturamento do primeiro semestre de 2022 é dobro do que foi no mesmo período de 2019. Para Crivellaro, a pandemia acelerou em cerca de três anos o crescimento do setor.

    “Antes da pandemia, um faturamento como esse era esperado para daqui a dois, três anos. Nos primeiros oito meses de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019, os ganhos explodiram, cresceram quase 60%. E agora, a perspectiva ainda é otimista, projetamos crescimento de 12% esse ano, e em média, 10% ao ano nos próximos 5 anos”, diz ele.

    No primeiro semestre de 2022, o setor teve um faturamento de R$ 73,5 bilhões, segundo o levantamento produzido pela ABComm e obtido com exclusividade pela CNN. A associação aponta que os ganhos do setor cresceram 5% em relação ao mesmo período de 2021.

    Segundo a ABComm, as compras on-line foram potencializadas durante a pandemia e passaram a fazer parte dos hábitos dos consumidores. Alexandre Crivellaro, diretor de inteligência de mercado da associação, afirma que o crescimento está próximo das previsões, mas deve ser ainda maior no segundo semestre.

    “No primeiro semestre, temos datas como Dia das Mães e Dia dos Namorados, só que as famílias já têm muitos gastos na primeira parte do ano e acabam não gastando tanto, por isso tivemos um crescimento tímido. Já no segundo semestre, com Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal, esperamos uma alta ainda maior”, diz Crivellaro.

    Veja o faturamento anual do setor nos últimos anos, segundo a ABComm (em bilhões):

    2016 – 53,5
    2017 – 60,1
    2018 – 69,8
    2019 – 89,9
    2020 – 126,4
    2021 – 150,8

    *Sob supervisão de Helena Vieira