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    Coordenadora do Conselho Econômico diz que São Paulo não reabre por ‘pressões’

    Ana Carla Abrão explicou o motivo dos shoppings reabrirem enquanto os salões de beleza continuam fechados

    Da CNN

    O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prorrogou nesta quarta-feira (10) a quarentena em todo o estado até o dia 28 de junho e também ampliou as restrições de movimentação em cidades do interior, como Ribeirão Preto, Barretos e Presidente Prudente, que retrocederam para a fase 1, representada pela cor vermelha no Plano São Paulo.

    Em entrevista à CNN, Ana Carla Abrão, coordenadora do Conselho Econômico do Estado de São Paulo, afirmou que não são as pressões políticas e nem do setor produtivo que estão definindo a reabertura da economia no estado. 

    “O governo do estado de São Paulo tem um plano que foi elaborado com bases técnicas. (…) Por isso o Plano São Paulo é dinâmico. [São] os indicadores de saúde que determinam as principais decisões de flexibilização e de abertura. E os [indicadores] econômicos servem para definir o que abrimos, com que flexibilidade e os protocolos [que devem ser seguidos]”, explicou. 

    Perguntada sobre os por quês de alguns estabelecimentos estarem abrindo, como é o caso das concessionárias e dos shoppings, e outros não, como os salões de beleza, Ana afirmou que esse processo de escolha não é simples, mas a equipe do governo de São Paulo conseguiu fazê-la a partir de muita análise. 

    Cada setor da economia, segundo ela, foi classificado em vários níveis, como impacto econômico e grau de informalidade, para definir o que abre e em qual fase. 

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    “Salões de beleza, academias e serviços domésticos estão no topo da classificação de perda de renda e de capacidade de produção, mas ainda temos o que chamamos de risco ocupacional, que é a possibilidade de garantir todos aqueles protocolos de distanciamento físico, uso de máscara e luvas”, falou. “E quando adicionamos esse fator, de fato os salões de beleza e essas outras atividades significam contato físico e, por isso, acabam sendo deixadas para [reabrirem] nas fases mais avançadas de flexibilização”.

    De acordo com Ana, é importante seguir esse procedimento para que a volta às atividades aconteça de forma segura para minimizar possíveis idas e vindas.

    Números atualizados

    Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde confirmou 1.274 novas mortes causadas pela Covid-19. Também foram registrados 32.913 novos casos da doença no país. Ao todo, o Brasil possui 772.416 casos confirmados e 39.680 mortes derivadas do novo coronavírus.

    Os números foram divulgados tanto pelo governo federal quanto pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Pelo terceiro dia consecutivo, tanto os números do Ministério da Saúde quanto os divulgados pelos estados foram iguais. 

    As novas mortes e casos confirmados são aqueles que foram registrados em um período de 24 horas, a partir das 16h de terça-feira (9) e independentemente da data em que tenham ocorrido. O governo federal estima que 325.395 pessoas, cerca de 42% das que contraíram o vírus, já tenham se recuperado da Covid-19.

    São Paulo é o estado com o maior número de casos (156.316) e mortes (9.862). Na sequência, aparecem o Rio de Janeiro (74.373 casos e 7.318 mortes), o Ceará (71.402 casos e 4.480 mortes), Pará (62.095 casos e 3.927 mortes) e o Maranhão (53.508 casos e 1.322 mortes).

    (Edição: André Rigue)