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    Contas externas têm superávit de US$ 649 mi em maio, melhor resultado para o mês desde 2021, diz BC

    Número de maio foi impulsionado pelo forte resultado do comércio exterior, com saldo positivo recorde da balança comercial

    Samantha Kleinda CNN , Brasília

    As contas externas brasileiras registraram superávit de US$ 649 milhões em maio, invertendo o déficit de US$ 4,6 bilhões do mesmo mês do ano passado. O resultado é o melhor para meses de maio desde 2021, quando o saldo foi positivo em US$ 1,995 bilhão.

    Os dados são do balanço de pagamentos, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, em seu relatório mensal do setor externo.

    Nos doze meses encerrados em maio, porém, o déficit das transações correntes acumula US$ 48,5 bilhões, ou 2,45% do PIB, ante US$ 53,8 bilhões (2,73% do PIB) no mês anterior e US$ 51,2 bilhões (2,89% do PIB) em maio de 2022.

    No mês passado, a balança comercial contribuiu positivamente para o superávit das transações. Em maio, o setor externo registrou o maior superávit comercial da série histórica, US$ 9,7 bilhões, ante saldo positivo de US$ 3,4 bilhões no mesmo mês de 2022.

    As exportações também foram recorde, somando US$ 33,3 bilhões, incremento de 11,2% na comparação interanual. Já as importações de bens diminuíram 11,3% na mesma base de comparação, totalizando US$ 23,6 bilhões.

    Ainda na comparação interanual, o déficit em renda primária aumentou US$ 1,1 bilhão; o déficit em serviços reduziu US$290 milhões; e o superávit em renda secundária recuou US$ 309 milhões.

     

    O déficit na conta de serviços totalizou US$ 3,1 bilhões em maio de 2023, inferior ao déficit de US$ 3,4 bilhões observado em maio de 2022.

    A conta de transportes registrou despesas líquidas de US$ 1,2 bilhão, recuo de 35% comparativamente a maio de 2022, influenciada por menores gastos em fretes.

    As despesas líquidas na rubrica de viagens internacionais reduziram 11,7% e somaram US$ 634 milhões, com aumentos de 51,8% (para US$ 567 milhões) nas receitas e de 10% nas despesas (para US$ 1,2 bilhão). As despesas líquidas com aluguel de equipamentos somaram US$ 618 milhões, estáveis em comparação a maio de 2022.

    O déficit em renda primária somou US$ 6 bilhões em maio de 2023, incremento de 21,3% comparativamente ao déficit de US$ 4,9 bilhões em maio de 2022.

    As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$ 4,6 bilhões, ante US$ 4,2 bilhões em maio de 2022.

    Esse aumento nas despesas líquidas, segundo nota do Banco Central, é resultado, na comparação interanual, da redução de 26,2% nas receitas de lucros e dividendos, para US$ 1,7 bilhão.

    As despesas líquidas com juros somaram US$ 1,4 bilhão em maio de 2023, US$ 681 milhões superiores ao resultado de maio de 2022, influenciadas por maiores despesas brutas em operações intercompanhia e em outros investimentos.

    Investimento direto

    Os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 5,4 bilhões líquidos em maio, aumento de quase 40% em relação ao mês anterior. Em abril, foram registrados US$ 3,312 bilhões.

    Para termos de comparação, no mesmo mês de 2022, ingressaram US$ 4 bilhões no Brasil em investimentos diretos.

    No mês, houve ingressos líquidos de US$ 4,9 bilhões em participação no capital e de US$ 438 milhões em operações intercompanhias.

    Os investimentos acumulados no período de 12 meses totalizam US$ 83,4 bilhões, o equivalente a 4,21% do produto interno bruto (PIB) em maio. Em abril, o acumulado era de US$ 82 bilhões (4,16% do PIB).

    Já os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$ 4 bilhões em maio deste ano, sendo US$ 1,8 bilhão em ações e fundos de investimento e US$ 2,2 bilhões em títulos de dívida.

    Nos 12 meses encerrados em maio, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$ 9,8 bilhões.

    Reservas internacionais

    Com isso, as reservas internacionais chegaram s US$ 343,5 bilhões em maio de 2023, recuo de US$ 2,2 bilhões em relação ao mês anterior. A redução decorreu, principalmente, das contribuições negativas de variações por preços e por paridades, US$ 2 bilhões e US$ 1,9 bilhão, respetivamente.

    Contribuindo para elevar o estoque de reservas internacionais, houve retorno líquido de US$ 1 bilhão em operações de linhas com recompra, e receitas de juros que somaram US$ 635 milhões.

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