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    Contas do setor público têm superávit recorde em abril, de R$ 38,8 bilhões

    Enquanto o Governo Central ficou positivo em R$ 29,638 bilhões em abril, os governos estaduais e municipais foram superavitários em R$ 10,278 bilhões

    Anna Russida CNN , em Brasília

    As contas do setor público consolidado tiveram superávit primário de R$ 38,876 bilhões em abril, recorde para o mês desde 2002. No mesmo mês do ano passado, as contas públicas haviam registrado saldo positivo de R$ 24,255 bilhões.

    Os números foram divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira (31). A divulgação de todas a publicações e indicadores do BC está temporariamente suspensa em decorrência da greve de servidores da instituição, que demandam reajuste salarial. A exceção, no entanto, foi aberta para a Nota de Estatísticas Fiscais, uma vez que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) exige que o Executivo encaminhe documento sobre o cumprimento das metas fiscais do quadrimestre janeiro-abril ao Congresso.

    O resultado do setor público consolidado inclui as contas do governo federal, dos governos regionais e das estatais federais. O superávit primário não inclui as despesas com juros e mostra que o valor arrecadado foi insuficiente para cobrir as despesas públicas.

    Enquanto o Governo Central (governo federal, BC e Previdência) ficou positivo em R$ 29,638 bilhões em abril, os governos estaduais e municipais foram superavitários em R$ 10,278 bilhões. As empresas estatais, por outro lado, tiveram déficit de R$ 1,040 bilhões no mês.

     

    Quando incluídos os gastos com juros, o resultado nominal muda para déficit de R$ 41,023 bilhões em abril. Sozinha, a conta de juros somou R$ 79,900 bilhões no quarto mês do ano.

    No acumulado de janeiro a abril, as contas do setor público acumulam superávit primário de R$ 148,492 bilhões. O número equivale a 4,74% do Produto Interno Bruto (PIB). Incluídos os R$ 154,471 bilhões com juros, o resultado nominal fica deficitário em R$ 5,978 bilhões.

    Dívida Bruta

    Depois de bater recorde (90%) em fevereiro de 2021, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) segue recuando. Em abril de 2022, a DBGG voltou para o patamar de 78,3% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 78,5% no mês anterior. Em valores nominais, o montante é de R$ 7,075 trilhões.

    O indicador serve como referência para as agências de classificação de risco, que define a atratividade de investimentos dos países. Em 2021, a DBGG encerrou em R$ 6,966 trilhões, equivalente a 80,3% do PIB.

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