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    Contas do governo têm rombo de R$ 7,1 bilhões em março

    Resultado é pior que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o déficit registrado foi de R$ 6,4 bilhões. No trimestre, saldo ainda é positivo em R$ 31,4 bilhões

    Previsão contida no Orçamento para o ano é de um déficit primário de R$ 228,1 bilhões
    Previsão contida no Orçamento para o ano é de um déficit primário de R$ 228,1 bilhões José Cruz/Agência Brasil

    Juliana Eliasda CNN*

    São Paulo

    O governo central, composto pelo Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou um déficit primário de R$ 7,085 bilhões de reais em março, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira (27).

    O resultado é pior que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o déficit registrado no mesmo mês foi de R$ 6,418 bilhões.

    No acumulado de janeiro a março, o governo central ainda está superavitário em R$ 31,4 bilhões de reais, graças ao forte resultado positivo verificado no primeiro mês do ano. No primeiro trimestre do ano passado, foi registrado um superávit de R$ 50 bilhões.

    As pioras nos resultados, de acordo com o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, ainda sofre forte influência das desonerações dadas no ano passado aos combustíveis e outros produtos pelo governo anterior, o que afeta as receitas.

    Por outro lado, a recomposição de parte dessas tributações, anunciada em fevereiro pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve começar a fazer efeito e melhorar as receitas a partir de abril, o que, de acordo com Ceron, pode permitir o governo a voltar a registrar superávit nas contas mensais.

    “O resultado das receitas é extremamente impactado pela redução de tributos do último ano, e, a partir do mês que vem, já esperamos um processo de reversão”, disse Ceron em coletiva a jornalistas.

    “Houve também receitas extraordinárias no exercício anterior que, naturalmente, não se materializaram nesse exercício, principalmente referentes a concessões e outorgas”, acrescentou.

    A receita total do governo central caiu 0,6% entre março do ano passado e este, já descontada a inflação, de R$ 177,4 bilhões para R$ 176,3 bilhões.

    Com um superávit de R$ 36,5 bilhões acumulado em 12 meses, em queda desde meados do ano passado, mas com a perspectiva de aumento nas receitas nos próximos meses, o Tesouro mantem a previsão de um déficit primário de R$ 107,6 bilhões ao fim de 2023, conforme as promessas feitas por Haddad.

    Se confirmado, o resultado será menos da metade do que os R$ 228,1 bilhões de déficit projetados pela lei orçamentária deste ano.

    *Com Reuters