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    Conselho da Petrobras aprova volta de investimento em refinarias, petroquímica e fertilizantes

    Houve também sinal verde à diretriz de adquirir e construir novas unidades de refino de petróleo

    Daniel Rittnerda CNN

    Em Brasília

    O conselho de administração da Petrobras aprovou, nesta quarta-feira (31), novas diretrizes para o planejamento estratégico da empresa, que revertem a linha adotada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de concentrar as apostas na exploração e na produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas.

    Os conselheiros da estatal deram aval à volta do investimento em refino, em petroquímica e em fertilizantes, segundo relatos feitos à CNN. Ainda não houve comunicado oficial.

    O objetivo, conforme essas fontes, é reduzir as importações de combustíveis e buscar autossuficiência em derivados de petróleo. Em outra diretriz importante, que será incluída no planejamento estratégico, a Petrobras vai priorizar a oferta de gás natural no país.

    A decisão está em linha com o programa Gás para Empregar, prometido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). O programa está sendo pensado para estimular o uso do insumo na indústria brasileira e diminuir os custos de produção.

    Na lista de diretrizes aprovadas constam ainda pontos como descarbonização das operações e interrupção do processo de venda de ativos pela Petrobras. A assessoria da estatal foi consultada pela CNN, mas ainda não respondeu.

    A diretoria-executiva da estatal havia decidido, no fim de março, encaminhar uma série de propostas a serem consideradas pelo conselho de administração no novo planejamento estratégico.

    A maioria das diretrizes efetivamente adotadas hoje, porém, não estava nessa lista inicial e só foi incluída por orientação dos conselheiros indicados diretamente pela União.

    O Conselho também determinou que a Petrobras busque repor as reservas de petróleo com exploração em novas fronteiras como a Margem Equatorial, na foz do Amazonas. Existe a preocupação de que a companhia avalie cuidadosamente investimentos em eólicas offshore, cujo retorno do investimento é supostamente baixo.