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    Conheça o Boeing 787-9 Dreamliner, novo avião da Latam Airlines Brasil

    Jato comercial mais avançado da Boeing, modelo possui novas tecnologias que oferecem uma experiência de voo mais confortável para os passageiros

    Thiago Vinholescolaboração para o CNN Brasil Business

    em São Paulo

    Quem embarcar no voo da Latam Airlines Brasil de São Paulo para Madri, na Espanha, terá uma experiência de viagem diferente. A partir da segunda quinzena de dezembro, a companhia aérea usará nesse trecho o novo Boeing 787-9 Dreamliner, um dos aviões comerciais mais avançados da atualidade.

    A Latam é a primeira empresa aérea do Brasil a incorporar o 787 na frota. Ao todo, a companhia vai receber quatro exemplares da aeronave de segunda mão, todas elas provenientes da divisão do Grupo Latam no Chile.

    “A chegada do 787 está alinhada com a estratégia da companhia de ser mais sustentável e eficiente. Esse avião é muito econômico comparado a modelos do mesmo porte da geração anterior”, disse Alexandre Peronti, diretor de manutenção da Latam Brasil, durante a apresentação da aeronave para a imprensa no Centro de Manutenção de Linha da companhia, no aeroporto de Guarulhos (SP).

    Segundo Peronti, o 787 emite menos 25% de CO2 e reduz em 50% o nível de ruídos em relação a jatos mais antigos de porte similar. “O 787 vai assumir algumas das rotas que antes eram realizadas pelos 767, que estão sendo transferidos para nossa frota cargueira.”

    Os 787-9 da Latam Brasil vêm configurados com 300 assentos, sendo 30 poltronas na classe executiva, 57 da premium economy e 213 na classe econômica. De acordo com dados da Boeing, a aeronave tem alcance de 13.945 km e pode decolar com peso máximo de 252,7 toneladas. Os 787 da Latam são impulsionados por dois turbofans Rolls-Royce Trent 1000, um dos motores aeronáuticos mais eficientes da indústria.

    Para o comandante Alexandre Gianinni, um dos primeiros pilotos da Latam Brasil habilitados para voar no Dreamliner, o 787 é um avião de fácil adaptação para os aviadores da casa.

    “Para quem já comandou o 777, o outro jato widebody da Latam, a transição para o 787 é bastante simplificada, mesmo ele sendo um avião com mudanças importantes, como os comandos totalmente fly-by-wire (sistema elétrico que substitui atuadores mecânicos e hidráulicos) e a presença de mais equipamentos eletrônicos”, comentou Gianinni.

    Cabine umidificada

    Um dos maiores incômodos para os passageiros em viagens de longa duração em aviões é ter de lidar com o ar seco na cabine. No Boeing 787, isso não é mais um problema.

    Diferentemente de aviões mais antigos, construídos inteiramente de metal e passível de corrosão, o 787 é montado usando uma grande quantidade de fibra de carbono, material que não enferruja. “Por isso, o ar na cabine do 787 pode ser mais úmido, o que torna a voo mais confortável para os passageiros”, explicou o diretor de manutenção da Latam Airlines Brasil.

    A cabine de aviões comerciais de gerações anteriores suportam um ar ambiente com no máximo 4% de umidade. No 787, essa proporção salta para 15%, de acordo com Peronti. “Ainda não iguala um ambiente externo como estamos acostumados, mas já faz muita diferença. Viajar no 787 é menos desgastante, para os passageiros e os tripulantes.”

    Outra vantagem da construção em fibra de carbono do 787 é a possibilidade de injetar mais ar na cabine pressurizada, o que também melhora o conforto a bordo e praticamente elimina o incômodo causado nos ouvidos dos passageiros devido à diferença de pressão.

    “Quando o 787 está voando em altitude máxima de 43.000 pés (13.106 metros), a pressão na cabine é igual a de um ambiente a 6.000 pés (1.828 metros). Em aviões comerciais mais antigos, o ambiente na cabine é equivalente a uma atmosfera de 8.000 pés (2.438 metros)”, disse Peronti.

    Janelas maiores

    Gosta de viajar de avião no assento ao lado da janelinha? Pois, então, prepare-se para uma visão panorâmica quando voar no 787.

    O moderno jato da Boeing possui as maiores janelas entre os aviões comerciais, com 46,7 centímetros de altura por 27,1 centímetros de largura. “Essa é outra vantagem da construção de aviões com fibra de carbono. A maior resistência desse material permite aos projetistas serem mais ousados no design. A janela do 787 é 40% maior do que de jatos anteriores da Boeing”, explicou Peronti.

    As janelas do Boeing 787 também contam com uma dose extra de tecnologia. Em vez de persianas de fechamento e abertura manuais, a janela do Dreamliner conta com um sistema eletrônico chamado EDWs (sigla em inglês para Janelas com Dimmer Eletrônico), que escurece ou clareia a tonalidade dos vidros ao toque de um botão.

    Ficha técnica – Boeing 787-9 Dreamliner

    • Capacidade: 300 passageiros
    • Alcance: 13.945 km
    • Comprimento: 63 metros
    • Envergadura: 60 metros
    • Altura: 17 metros
    • Peso máximo de decolagem: 252,7 toneladas
    • Motores: Rolls-Royce Trent 1000