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    Congresso aprova crédito de R$ 7,3 bilhões para viabilizar piso da enfermagem

    Texto irá para sanção presidencial; enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteira serão beneficiados

    Atendimento médico em hospital durante a pandemia de Covid-19
    Atendimento médico em hospital durante a pandemia de Covid-19 Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF

    Da CNN

    O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (26) um projeto de lei que abre crédito especial no valor de R$ 7,3 bilhões para viabilizar o pagamento do piso salarial de enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteira.

    Agora, o texto, que é tido como uma das prioridades para a gestão petista neste primeiro semestre, vai para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    O crédito especial estará em favor do Ministério da Saúde, que repassará o montante a estados e municípios. O pagamento será incluído como nova programação no âmbito do Fundo Nacional de Saúde. Essa medida foi necessária, porque os recursos não estavam previstos na lei orçamentária vigente.

    O piso salarial da enfermagem esteve em discussão no Congresso nos últimos meses, mas, por resistências de setores envolvidos e divergências de entendimento que poderiam levar a uma insegurança jurídica, o caso parou até no Supremo Tribunal Federal (STF) e não foi colocado em prática.

    O piso havia sido aprovado pelo Congresso no ano passado, mas foi suspenso por determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, sob o argumento de que não haveria recursos previstos para o pagamento.

    A intenção do governo Lula é garantir a aplicação do piso salarial de forma permanente, ao menos na rede pública.

    projeto sobre o tema prevê incluir o pagamento do piso nacional do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira no âmbito do Fundo Nacional de Saúde.

    O Parlamento já havia fixado o piso em R$ 4.750 para os enfermeiros, nos setores público e privado. O valor ainda serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).

    As origens do financiamento por parte da União são o superávit das fontes de recursos de fundos públicos do Poder Executivo e/ou recursos vinculados ao Fundo Social. A intenção com o projeto é também estabelecer a origem do financiamento para o pagamento do piso de forma definitiva.

    Na sessão desta quarta-feira, entretanto, o Congresso vetou o reajuste automático do piso salarial da enfermagem pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Também foram mantidos outros 7 vetos.

    Reajuste de servidores e Bolsa Família

    Também foi aprovado nesta quarta-feira (26) pelo Congresso o projeto de lei que reajusta o salário dos servidores públicos do Poder Executivo federal. Assim, se sancionado pelo presidente Lula, será possibilitada a concessão de aumento de 9% para os servidores públicos federais.

    O texto autoriza mudanças necessárias para a concessão e abre um crédito para complementar o pagamento da despesa, de cerca de R$ 176,3 milhões neste exercício, e de cerca de R$ 280,6 milhões, anualizado.

    A votação dos textos sobre o piso da enfermagem e do reajuste para servidores foi feita em conjunto e de forma simbólica (ou seja, sem o registro individual do voto de cada parlamentar).

    Também foi aprovado um projeto de lei que abre R$ 71,4 bilhões para o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome arcar com o novo Bolsa Família. Na prática, a proposta transfere o montante do extinto Auxílio Brasil para o novo programa.

    *publicado por Tiago Tortella, da CNN

    *com informações de Gabriel Hirbahasi, Danilo Moliterno e Luciana Amaral, da CNN, e da Agência Senado