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    Conflitos geram “década perdida” para países atingidos, diz diretora do FMI

    Kristalina Georgieva avaliou o impacto econômico da "catástrofe humana" causada pelas guerras

    A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva
    A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva REUTERS/Mike Blake

    Daniel Tozzi Mendes, do Estadão Conteúdo

    A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que os conflitos e guerras, além de serem uma “catástrofe humana”, também interferem diretamente na performance econômica dos países envolvidos.

    “Nós sabemos que em 2022, aproximadamente 200 mil pessoas perderam a vida em conflitos e mais de 108 milhões de pessoas foram forçadas a migrar. Isso é uma catástrofe humana, mas também um assunto decisivo para o desempenho econômico desses países”, disse Georgieva no domingo (15).

    A fala foi feita durante o 38º Seminário Bancário Mundial do G30, que faz parte da programação das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, realizadas em 2023 na cidade de Marrakesh, Marrocos.

    Durante sua fala, a diretora do FMI afirmou que, de acordo com as projeções da instituição, a renda per capita de Estados atualmente fragilizados por conflitos deverá se manter em um nível abaixo do de 2019, até pelo menos o final de 2024.

    “Isso é uma década perdida para as pessoas que já estão em uma situação difícil”, afirmou.

    Georgieva ainda disse que o FMI está ampliando sua capacidade de ajudar esses estados fragilizados a colocar “a política fiscal em ordem”, a despeito das dificuldades de aumento de receitas e de melhora na qualidade dos gastos públicos.

    “Também, queremos que os Bancos Centrais desses países tenham a força necessária para garantir estabilidade de preços e ajudar no desenvolvimento”, afirmou.

    A diretora do FMI também reforçou que as crises e conflitos não afetam apenas os países diretamente envolvidos, mas também “se espalha e desestabiliza as nações vizinhas”.

    “Se nós não atacamos essa fragilidade seriamente, em qualquer momento que ela acontece, não há saída para o nosso mundo ser forte, pacifico e próspero”, afirmou.

    Veja também: Entenda os impactos econômicos da guerra na economia mundial