Confira quais bancos e instituições financeiras já aderiram ao Desenrola
Ao todo, nove bancos e fintechs oferecem condições especiais para a renegociação de dívidas; entenda como limpar seu nome e se proteger de golpes
Nove bancos, instituições financeiras e fintechs já confirmaram adesão ao programa Desenrola Brasil, que começou na segunda-feira (17). O Nubank foi o último a anunciar a participação, na quarta-feira (19).
Ele se juntou aos cinco maiores bancos do país — Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander — e às instituições digitais C6 Bank, Inter e PicPay.
Uma das propostas do programa prevê que os bancos retirem da lista de negativados pessoas que tenham dívida de até R$ 100.
Com a adesão do Nubank, a estimativa de pessoas que podem ser desnegativadas automaticamente, por terem dívidas bancárias abaixo de R$ 100, pode chegar a 2,5 milhões de brasileiros.
De maneira geral, os clientes que tenham interesse em renegociar suas dívidas deve entrar em contato com os bancos por meio de dos canais de atendimento, como call centers, mensagens de WhatsApp, internet banking, portais digitais e aplicativos bancários.
Há a expectativa de que os grandes bancos ofereçam o serviço nas agências. Nesta sexta-feira (21), por exemplo, a Caixa abrirá todas as agências uma hora mais cedo para o “Dia do Desenrola”, que visa ampliar a renegociação de dívidas por meio do programa federal.
Entenda como aderir
O projeto pode beneficiar até 70 milhões de endividados e com o nome negativado em serviços de proteção ao crédito por meio da renegociação de dívidas, como o Serasa ou Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
O programa estava previsto para começar em setembro, mas o governo federal decidiu antecipar as renegociações para os devedores com renda de até R$ 20 mil.
Com isso, governo começará a atender os beneficiados na nomeada Faixa II, considerada a primeira fase do Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas.
Neste momento, o programa também prevê que bancos retirem da lista de negativados os nomes de devedores pessoa física com pendências de até R$ 100.
Para participar do processo de desnegativação, os beneficiados precisam ter contas nos bancos que aderirem ao Desenrola.
Primeira fase
Na primeira fase, que começa hoje, o Desenrola irá atender os beneficiados que se encaixam na Faixa II do programa.
O grupo contempla as pessoas com renda mensal igual ou inferior a R$ 20 mil. O atendimento a este grupo é destinado para renegociação de dívidas bancárias. As dívidas poderão ser pagas em até 12 parcelas.
Para renegociar suas dívidas, os devedores precisarão entrar em contato diretamente com os bancos, seja presencialmente ou por canais da própria instituição. O aplicativo do programa ainda não poderá ser utilizado para negociações.
Com o intuito de não estimular novas dívidas, o governo anunciou que só serão contempladas no programa dívidas inscritas até 31 de dezembro de 2022.
A Fazenda projeta que serão beneficiadas cerca de 30 milhões de pessoas nesta etapa.
Segunda fase
A partir de setembro o programa vai começar por completo. O Desenrola vai lançar um aplicativo e passará a contemplar os beneficiados na Faixa I.
O governo estima que, no total, o programa pode atender até 70 milhões de pessoas.
Nessa etapa, serão atendidas pessoas inadimplentes que possuam renda mensal de até dois salários mínimos – R$ 2.640 – ou que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Poderão ser negociadas dívidas de até R$ 5 mil, incluindo passivos com setor de serviços, como contas de luz e dívidas com varejo.
Para participar dessa etapa do programa, é necessário que o devedor tenha cadastro no GOV.BR, plataforma do governo destinada para acessar serviços públicos digitais.
O registro pode ser realizado diretamente no portal do Governo Federal.
Proteção contra golpes
As principais redes sociais e aplicativos de conversa, como WhatsApp, Instagram e Facebook, já têm golpes do Desenrola, novo programa de renegociações de dívida do governo federal, circulando com anúncios e mensagens falsas que tentam roubar dados e dinheiro dos usuários.
As postagens, no geral, simulam condições vantajosas de descontos para as dívidas ou oferecem mais informações em troca de cadastro, e pedem dados, pagamentos online ou divulgam telefones e links falsos para contato.
Essas “iscas” são usadas para que os golpistas consigam dados pessoais das vítimas, como nome, endereço, CPF, conta bancária e outros, o que permite que eles consigam, por exemplo, acessar suas contas, fazer compras com o cartão de crédito ou ter acesso a seus perfis em redes sociais para pedir dinheiro a amigos e familiares.
O Ministério da Fazenda alerta que todas as negociações do programa são feitas apenas diretamente com o banco onde o cliente tem conta ou por meio da plataforma especial do programa que ainda será lançada. Ela só poderá ser acessada por meio do Gov.br, o site de cadastro oficial para todos os programas e serviços do governo.
Qualquer forma de contato ou acesso diferente destas deve ser checada e evitada, alertou o ministério em nota.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alertou nesta semana a importância de buscar informações apenas dentro dos canais oficiais das instituições financeiras.
Nesta quarta-feira (19), a entidade divulgou um conjunto de orientações para que as pessoas não sejam vítimas de golpes aplicados por meio de links falsos que resultem no fornecimento de dados confidenciais e na realização de transações financeiras.
Caso haja alguma desconfiança sobre alguma proposta ou valor, o cliente precisa entrar em contato com o banco também por meio dos canais oficiais da instituição, destacou a organização.