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    Confiança do empresário cai 0,5 ponto em julho, para 94 pontos, diz FGV

    Momento é de "piora das expectativas em relação ao ambiente de negócios no horizonte de seis meses", afirma especialista do FGV IBRE

    Apesar da resiliência do Setor de Serviços, confiança da Indústria, Comércio e Construção segue em queda.
    Apesar da resiliência do Setor de Serviços, confiança da Indústria, Comércio e Construção segue em queda. Reprodução/Unsplash

    Denise Luna, do Estadão Conteúdo

    O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,5 ponto em julho ante junho, para 94 pontos,  informou nesta terça-feira (1) a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda do índice vem depois de dois meses seguidos de alta. 

    Apesar de ter avançado 3,1 pontos ao longo do segundo trimestre, o índice segue distante do nível considerado neutro, de 100 pontos.

    “Apesar de discreto, o recuo da confiança empresarial em julho afasta temporariamente a possibilidade de uma recuperação continuada do ICE, sugerida após a alta expressiva no mês anterior”, avalia o superintendente de Estatísticas do FGV IBRE, Aloisio Campelo Jr.

    Ainda segundo o especialista, a queda foi influenciada pela piora das expectativas em relação ao ambiente de negócios no horizonte de seis meses, o que preocupa, uma vez que o pessimismo em prazos mais longos pode influenciar decisões presentes de investimento produtivo.

    Em julho, o Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 1,1 ponto, para 94,0 pontos, influenciado pela queda de 1,8 ponto do indicador de Demanda Atual. O Índice de Expectativas (IE-E) caiu 1,6 ponto, para 94,6 pontos.

    Apesar do avanço de 1,1 ponto do indicador que mede as expectativas para a Demanda Prevista, para 95,3 pontos, e da relativa estagnação no indicador de Emprego Previsto em 98,1 pontos, o indicador que mede as expectativas com o ambiente de negócios nos seis meses seguintes caiu 0,6 ponto, para 92,2 pontos, demonstrando uma preocupação ainda grande por parte do setor produtivo com este horizonte no tempo.

    O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV Ibre: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

    Em julho houve aumento da dispersão dos índices entre os quatro grandes setores pesquisados.

    Enquanto o Setor de Serviços exibe certa resiliência e sustenta um índice de confiança de 98,0 pontos, os índices de confiança da Indústria e do Comércio recuaram para 91,9 e 91,6 pontos, respectivamente.

    Entre os extremos, a confiança da Construção voltou a crescer após dois meses em queda, fechando o mês em 95,2 pontos.

    Em julho, a confiança empresarial subiu em 41% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma disseminação inferior à de 71% observada no mês anterior, informou a FGV.

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