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    Confiança do Consumidor sobe 2,5 pontos em março, diz FGV

    Em médias móveis trimestrais, o índice encolheu 0,3 ponto, quarto mês seguido de queda

    Movimentação de clientes no comércio popular do Rio de Janeiro
    Movimentação de clientes no comércio popular do Rio de Janeiro João Gabriel Alves/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo

    Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo

    A confiança do consumidor subiu 2,5 pontos em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, informou nesta segunda-feira (27) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

    O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 87. Em médias móveis trimestrais, o índice encolheu 0,3 ponto, quarto mês seguido de queda.

    “Após dois meses em queda, a confiança dos consumidores sobe em março influenciada por uma melhora da percepção da situação atual e das expectativas para os próximos meses”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

    “Contudo, apesar do resultado positivo, os movimentos são bastante heterogêneos e talvez contraditórios entre faixas de renda, o que ainda dificulta a sinalização de uma tendência mais clara para os próximos meses. O cenário econômico se mantém com taxas de juros elevadas, resiliência da incerteza e desaceleração do mercado de trabalho com redução da atividade. Sem alterações significativas, é possível continuar patinando em torno de um mesmo patamar de confiança nos próximos meses”, acrescentou Bittencourt.

    Em março, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 2,7 pontos, para 72,0 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 2,2 pontos, para 98,0 pontos.

    No ISA, o item que mede a percepção dos consumidores sobre a situação financeira das famílias subiu 5,3 pontos, para 64,1 pontos. Já a avaliação sobre a situação econômica atual se mantém estável, com variação de 0,1 ponto, para 80,4 pontos.

    O componente que mede intenção de compras de bens duráveis foi o que mais influenciou a alta do índice de confiança em março, com elevação de 7,9 pontos, para 84,8 pontos.

    O item que mensura as perspectivas sobre a situação financeira futura recuou 2,4 pontos, para 96,6 pontos. O componente que mede a avaliação sobre a situação econômica futura subiu 0,6 ponto, para 112,8 pontos.

    A análise por faixa de renda mostra resultados heterogêneos entre os níveis de renda. A alta da confiança em março foi impulsionada pela melhora entre os consumidores com renda familiar abaixo de R$ 2.100,00 mensais, alta de 4,0 pontos, e no grupo que recebe de R$ 4.800,01 a R$ 9.600,00, avanço de 3,1 pontos.

    “Há uma percepção de melhora da situação financeira das famílias de menor poder aquisitivo, mas que partem de um patamar extremamente baixo em termos históricos”, ressaltou a FGV.

    As famílias com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800 mensais registraram ligeiro recuo de 0,1 ponto na confiança. Para os consumidores com maior poder aquisitivo, com renda mensal acima de R$ 9.600, o ICC caiu 0,8 ponto, influenciado pela piora das expectativas.

    A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1º e 22 de março.