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    Confiança do Comércio sobe 4,3 pontos em agosto ante julho, para 99,4, diz FGV

    Em agosto, houve melhora na confiança em cinco dos seis principais segmentos do comércio

    Comércio
    Comércio Agência Brasil

    Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo

    O Índice de Confiança do Comércio (Icom) cresceu 4,3 pontos na passagem de julho para agosto, para 99,4 pontos, informou nesta terça-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 2,0 pontos.

    “A confiança do comércio voltou a subir em agosto. Ao contrário do que vinha ocorrendo em meses anteriores, a alta desse mês foi toda influenciada pela melhora das expectativas”, avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

    “A desaceleração da inflação, medidas de estímulo do governo e melhora da confiança do consumidor contribuem no ânimo dos empresários do setor com os próximos meses. Contudo, embora mais otimistas, isso não tem se refletido nas avaliações sobre o presente, já que pelo segundo mês consecutivo os indicadores que medem a demanda seguem em queda”, diz.

    Para os próximos meses, segundo o economista, “ainda é possível imaginar resultados positivos, mas é necessária cautela considerando o ambiente macroeconômico ainda frágil e com alguma oscilação devido à proximidade das eleições”,

    Em agosto, houve melhora na confiança em cinco dos seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 1,4 ponto, para 104,2 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) aumentou 9,7 pontos, para 84,8 pontos.

    Com a piora no ISA e melhora no IE em agosto, a distância entre o nível de ambos os componentes se reduziu, mas o patamar da avaliação atual ainda é superior ao das expectativas, além de estar acima do nível neutro.

    “O maior desafio agora é a manutenção do resultado positivo das expectativas e que isso acabe se confirmando em melhora na percepção da demanda dos empresários nos próximos meses”, completou Tobler. A Sondagem do Comércio de agosto coletou informações de 780 empresas entre os dias 1º e 26 do mês.

    Indústria

    Também calculado pelo FGV Ibre, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) publicado na véspera registrou alta de 0,8 ponto percentual em agosto, para 100,3 pontos, divulgou o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) nesta segunda-feira (29).

    O resultado fica acima do nível de neutralidade do setor, considerado pela instituição em 100 pontos, após ficar em 99,5 em julho.

    A alta indica que o setor mantém um bom nível de atividade no terceiro trimestre, disse a instituição em nota. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice também avança, em 0,2 ponto.

    “A melhora do ambiente de negócios no mês foi possivelmente influenciada pela descompressão de custos com a queda de preços de combustíveis e energia”, diz.

    A instituição reforça que, apesar do “cenário ainda problemático” quanto ao suprimento de alguns tipos de insumos, os níveis de demanda ainda estão positivos e os estoques se mantêm equilibrados.

    Serviços

    O Ibre também divulgou nesta terça-feira o Índice de Confiança de Serviços (ICS), que caiu 0,2 ponto na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, para 100,7 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,8 ponto.

    “Depois de cinco altas consecutivas, a confiança de serviços se acomodou em agosto. Nesse mês, apesar de uma avaliação favorável sobre a situação atual dos negócios, há uma percepção de desaceleração na demanda atual. Apesar disso, ainda é cedo para afirmar que haverá uma reversão da tendência positiva que vinha ocorrendo pois existem perspectivas otimistas em relação à demanda nos próximos meses, principalmente no que diz respeito a serviços prestados às famílias. Apesar de um ambiente macroeconômico desafiador e com sinais de desaceleração, a redução da inflação e as medidas de estímulo feitas pelo governo parecem sustentar os resultados favoráveis até o momento”, avaliou Tobler em nota oficial.

    Em agosto, o Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 0,7 ponto, para 100,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) avançou 0,4 ponto, para 101,3 pontos.

    Segundo a FGV, a confiança de serviços vinha apresentando resultados favoráveis desde março, com trajetória positiva disseminada entre os segmentos pesquisados, com destaque para os serviços prestados às famílias, que continuaram subindo em agosto.

    A confiança do subsetor de serviços prestados às famílias vinha sendo influenciada pela melhora das avaliações sobre a situação atual, mas em agosto passou a ser puxada pelas expectativas. “A desaceleração da inflação e o aumento dos recursos das famílias com aumento dos programas do governo podem estar influenciando essa melhora nas expectativas do segmento”, completou Tobler.

    A coleta de dados para a edição de agosto da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.548 empresas entre os dias 1º e 26 do mês.