Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Confiança de serviços cai em setembro, com empresários mais cautelosos, diz FGV

    O Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve no mês recuo de 2,0 pontos em relação a agosto, chegando a 97,3 pontos

    Salão de beleza em São Paulo faz atendimento com protocolos de segurança
    Salão de beleza em São Paulo faz atendimento com protocolos de segurança Foto: CNN (6.jul.2020)

    Por Camila Moreira, da Reuters

    A confiança do setor de serviços do Brasil mostrou queda em setembro e interrompeu cinco meses de altas devido à cautela dos empresários, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta quarta-feira (29).

    O Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve no mês recuo de 2,0 pontos em relação a agosto, chegando a 97,3 pontos.

    “O resultado ainda não parece sugerir uma reversão da tendência positiva, mas demonstra que os empresários ligaram o sinal de alerta”, explicou Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre, em nota com os dados.

    Segundo a FGV, o resultado do mês foi mais influenciado pela revisão das expectativas em relação aos próximos meses, mas também foi afetado pela percepção de ligeira piora na situação corrente.

    Em setembro, o Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, recuou 0,7 ponto e chegou a 92,3 pontos.

    Enquanto isso, o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, teve queda de 3,4 pontos, para 102,3.

    Tanto o ISA-S quanto o IE-S interromperam série de cinco altas consecutivas.

    “Mesmo com resultado negativo, o nível de confiança do setor de serviços continua acima do nível pré-pandemia, mas alguns fatores podem frear o ritmo de recuperação, como a recente queda da confiança do consumidor, lenta recuperação do mercado de trabalho, inflação e incertezas relacionadas ao controle da pandemia”, alertou Tobler.

    Em julho, dados do IBGE mostraram que o volume de serviços cresceu 1,1% em relação ao mês anterior, quarta alta seguida e iniciando o terceiro trimestre no patamar mais elevado em cinco anos.