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    Confiança da Indústria sobe em agosto, levada por queda nos custos, diz FGV

    Resultado fica acima do nível de neutralidade do setor, considerado pela instituição em 100 pontos, após ficar em 99,5 em julho

    Ligia Tuondo CNN Brasil Business , São Paulo

    O Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou alta de 0,8 ponto percentual em agosto, para 100,3 pontos, divulgou o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) nesta segunda-feira (29).

    O resultado fica acima do nível de neutralidade do setor, considerado pela instituição em 100 pontos, após ficar em 99,5 em julho.

    A alta indica que o setor mantém um bom nível de atividade no terceiro trimestre, disse a instituição em nota. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice também avança, em 0,2 ponto.

    “A melhora do ambiente de negócios no mês foi possivelmente influenciada pela descompressão de custos com a queda de preços de combustíveis e energia”, diz.

    A instituição reforça que, apesar do “cenário ainda problemático” quanto ao suprimento de alguns tipos de insumos, os níveis de demanda ainda estão positivos e os estoques se mantêm equilibrados.

    “Esse quadro favorável se reflete nas previsões ainda favoráveis para a evolução do emprego no setor nos três meses. Nos demais quesitos que medem expectativas em relação ao futuro próximo, nota-se alguma cautela dos empresários frente a um segundo semestre de eleições e manutenção de juros mais elevados”, diz Stéfano Pacini, economista do FGV/Ibre.

    A pesquisa registrou alta da confiança em agosto em 9 dos 19 segmentos industriais monitorados.

    O Índice Situação Atual (ISA) avançou 1,4 ponto, para 102,8 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) subiu 0,3 pontos para 97,9 pontos.

    Entre os quesitos que integram o ISA, o melhor desempenho vem do indicador que mede o nível dos estoques, indicando mais equilíbrio nesse segmento.

    Os indicadores que medem a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios e o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda subiram 0,6 e 0,4 ponto, para 101,7 e 103,2 pontos, respectivamente, diz a FGV.

    “Entre as expectativas, o indicador de tendência dos negócios para os seis meses seguintes foi o que mais influenciou na alta do IE em agosto, ao subir 3,0 pontos, para 96,9 pontos, apesar disso, continua em patamar baixo em níveis históricos”, diz.

    Já o indicador que mede o otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes recuou 3 pontos, para 92,1 pontos, resultado mais baixo desde março de 2022 (90,3 pontos).

    O indicador de expectativas de emprego para os três meses seguintes subiu 0,7 ponto, para 104,6 pontos. “Esse é o melhor resultado para o indicador de emprego desde outubro de 2021 (108,1 pontos)”, diz a FGV.

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