Confiança da construção cai para 94 pontos em maio, menor desde janeiro, diz FGV
Índice de Expectativas também recuou, com queda de 1,4 ponto do indicador de tendência dos negócios. O indicador de demanda prevista cedeu 0,8 ponto, para 97,3
O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 1,4 ponto em maio, para 94 pontos, o menor nível desde janeiro (93,6). O dado foi anunciado nesta sexta-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas. Em médias móveis trimestrais, o ICST ficou estável, ao variar apenas 0,1 ponto.
“A confiança da construção voltou a oscilar para baixo como resultado da deterioração das expectativas e da avaliação da situação corrente” , afirma a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, em nota.
Ana Castelo afirma que, embora tenha sido um movimento generalizado entre os segmentos, ele se mostrou mais intenso entre as empresas de Infraestrutura, que reportaram piora na carteira de contratos. Ela acrescenta que desde outubro do ano passado, quando houve um pico do indicador, a confiança da construção tem oscilado entre altos e baixos, sem conseguir recuperar o mesmo nível recorde.
A coordenadora pondera que um destaque importante na leitura de maio foi a melhora no indicador de atividade, que vinha mostrando desaceleração, mas alcançou o melhor nível no ano. “Por outro lado, o acesso ao crédito teve a pior avaliação desde julho do ano passado, resultado de um cenário de mais restrição da oferta de financiamento.”
Nas aberturas do mês, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) caiu 1,8 ponto, para 92,5 pontos – mesmo nível de maio do ano passado. O indicador da situação atual dos negócios recuou 1,2 ponto, para 91,5 – o menor nível desde maio de 2022 (89,7) -, e o indicador de volume de carteira de contratos cedeu 2,3 pontos, para 93,6 – o menor nível desde fevereiro de 2022 (90,0).
O Índice de Expectativas (IE-CST) também teve recuo, de 1,1 ponto, para 95,6, com queda de 1,4 ponto do indicador de tendência dos negócios. O indicador de demanda prevista cedeu 0,8 ponto, para 97,3.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 0,1 ponto porcentual, para 79,9%, o maior nível desde agosto de 2014 (80,4%). O Nuci de Mão de Obra permaneceu em 81% e o de Máquinas e Equipamentos avançou 0,9 ponto, para 76,8%.