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    ‘Comorbidades sociais’ da América Latina agravam crise, diz diretor da OIT

    À CNN Rádio, Vinicius Pinheiro afirmou que níveis de informalidade no emprego se explicam pela fragilidade de proteção social

    Taxa de desemprego atinge 14,7% dos brasileiros (27 de maio de 2021)
    Taxa de desemprego atinge 14,7% dos brasileiros (27 de maio de 2021) Foto: Reprodução / CNN

    Amanda Garcia com produção de Bel Camposda CNN

    O diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para América Latina e Caribe, Vinicius Pinheiro, afirmou, em entrevista à CNN Rádio, que, embora haja “recuperação gradual” da criação de empregos, há “deterioração das condições de trabalho.”

    A OIT divulgou um estudo que aponta que 70% dos postos de trabalho criados do início de 2020 até o primeiro trimestre de 2021 são informais.

    Segundo Vinicius, a pandemia gerou uma crise econômica sem precedentes, que produziu uma “destruição de postos de trabalho”. Mesmo assim, ele avalia que a situação da América Latina é ainda pior do que a do resto do mundo.

    “A verdade é que a região latino-americana foi a mais golpeada do planeta, em níveis sanitários e socioeconômicos, e isso se deve a comorbidades sociais, níveis de informalidade pré-pandemia já eram altos, sistemas frágeis de proteção social, região de alta desigualdade, tudo isso contribuiu para amplificar os problemas”, disse.

    Ele ainda citou a ineficácia de medidas de confinamento, já que uma parte da população vive com problemas de fome e sem um “lugar seguro para morar, com acesso a água, por exemplo.”

    O diretor da OIT ainda fez um alerta: “À medida que se regressa ao trabalho e há recuperação econômica, estamos incorrendo nos mesmos erros, ao invés de aprender a lição e investir em formalização, estamos reproduzindo os mesmos erros.”

    De acordo com ele, a prioridade deveria ser a formalização: “Com medidas concretas de combate à desigualdade, com políticas públicas para facilitar a formalização e tem a ver também com investimentos na força de trabalho, em especial a micro e pequena empresas, que são os motores de geração de emprego.”