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    Vendas no comércio brasileiro recuam 0,8% em julho, diz IBGE

    Trata-se da terceira queda mensal seguida; mediana das expectativas era de estabilidade em relação ao mês anterior

    Ligia Tuondo CNN Brasil Business São Paulo

    As vendas no comércio varejista brasileiro registraram queda de 0,8% em julho, em relação ao mês anterior, informou o IBGE nesta quarta-feira (14). Trata-se da terceira queda mensal seguida.

    Com o resultado, o setor acumulada alta de 0,4% em 2022 e queda de 1,8% nos últimos 12 meses, mostra a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).

    No mercado, a mediana das expectativas era de estabilidade na comparação mensal e de queda de 3,9%, na anual.

    “O setor repete a trajetória que vem acontecendo desde março de 2020, com alta volatilidade”, explica o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, em nota. Para o especialista, a terceira queda seguida após meses de alta demonstra a retomada da trajetória irregular registrada desde o período mais grave da pandemia.

    “O mês de abril foi o último com crescimento. Desde então, maio, junho e julho acumulam recuo de 2,7%. Por conta desses resultados, o setor se encontra praticamente do mesmo nível do período pré-pandemia, fevereiro de 2020, com variação de 0,5%”, diz.

    Santos ressalta que esse patamar já esteve mais alto. “Em julho de 2021, apresentou 5,3% acima de fevereiro de 2020”.

    Já no comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em julho caiu 0,7% frente a junho e 6,8% contra julho de 2021.

    Para esse segmento, as expectativas eram de queda de 0,10% na comparação mensal e de queda de 5,5%, na anual.

    Setores

    Nove de 10 atividades pesquisadas registraram recuo em julho, com destaque para tecidos, vestuário e calçados (-17,1%). “Algumas das grandes cadeias comerciais apresentaram redução na receita, sobretudo na parte de calçados. Além disso, pode haver também escolhas do consumidor, considerando a redução da capacidade do consumo atual”, diz o especialista.

    Na comparação com o nível pré-pandemia, o comércio varejista mostra desigualdades em termos setoriais, destaca a pesquisa. Há atividades muito acima de outras, como artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (20,7%), Combustíveis e lubrificantes (11,3%), Material de construção (2,3%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,2%).

    Outras atividades permanecem em patamar baixo, como livros, jornais, revistas e papelaria (-37,2%), tecidos, vestuário e calçados (-25,6%), móveis e eletrodomésticos (-18,4%) e veículos e motos, partes e peças (-12,4%).