Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Combustíveis: deputados da base governista defendem subsídio de seis meses

    Proposta teria três meses a mais do que defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes

    Larissa Rodriguesda CNN , em Brasília

    Deputados da base do Governo no Congresso Nacional, ouvidos pela CNN, defendem um subsídio de seis meses para tentar conter a alta dos combustíveis no país. São três meses a mais do que o ministro da Economia, Paulo Guedes, defende, segundo a reportagem.

    O motivo é esticar a contenção dos preços para o mais próximo possível das eleições. Procurado, o Ministério da Economia disse que não vai se manifestar sobre o assunto.

    Durante os últimos dias, o governo federal voltou a negociar com o Congresso a criação de subsídios emergenciais para gás de cozinha, diesel e passagem de ônibus. Segundo apuração das analistas Thaís Arbex e Raquel Landim, o objetivo é minimizar a disparada dos preços dos combustíveis provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

    A alternativa em análise é utilizar o mesmo mecanismo adotado pelo governo do ex-presidente Michel Temer quando ocorreu a greve dos caminhoneiros em 2018. O Tesouro reembolsaria a diferença para as refinarias, incluindo a Petrobras.

    Nesta segunda (7), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a política de preços da Petrobras, que acompanha os valores internacionais para definir reajustes nos combustíveis que vende às refinarias.

    “O barril está em 120 dólares, a paridade do preço internacional é errada. Isso está sendo tratado mais uma vez hoje em reunião. Para achar uma solução e não ficar empurrando com a barriga. Se for repassar isso tudo, tem que dar aumento de 50%. Vamos falar em reunião hoje à tarde com o ministro da Economia e procurar uma solução”, disse.

    Os preços do petróleo vêm subindo à medida que as tensões na Ucrânia aumentam. Na noite de domingo (6), na abertura dos mercados asiáticos, o barril bateu US$ 139,13, o nível mais alto desde 2008, refletindo incertezas no setor.

    No radar do mercado, estão os atrasos no potencial retorno do petróleo iraniano aos mercados globais e a considerações dos Estados Unidos e aliados europeus de proibir importações de petróleo russo.

    Tópicos