Com volta da greve dos servidores do BC, delegados da PF avaliam aumentar pressão por reajuste
Ambas categorias querem mais de 5% de reajuste salarial e serem recebidas pelo Palácio do Planalto
Delegados da Polícia Federal estão reunidos em assembleia virtual, nesta terça-feira (3), para decidir sobre paralisações e a entrega de cargos. O resultado deve ser divulgado nesta noite.
A tendência de aumentar a pressão contra o governo é defendida por lideranças do movimento. O governo acenou no mês passado com um reajuste linear de 5%, para todas as categorias do funcionalismo público federal. O valor, no entanto, é considerado insuficiente pelos delegados da PF, e, também, por agentes da corporação, que aguardavam uma restruturação mais ampla de carreira.
A categoria cobra o Planalto pelo compromisso de reajuste salarial. Há pedidos para que delegados e agentes sejam recebidos pelo Palácio do Planalto, o que não tem data para ocorrer.
Fontes do governo afirmaram à CNN que ainda há negociações internas na tentativa de conceder algum reajuste até junho. Oficialmente, o Planalto não se manifestou.
Banco Central
Os servidores do Banco Central decidiram retomar a paralisação nesta terça-feira alegando que o governo não apresentou contraproposta de reajuste de mais de 5%. A categoria também reclama de não ter conseguido reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. O encontro foi pedido pelos servidores ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.
A cobrança impacta na divulgação de indicadores econômicos, mas não deve prejudicar o funcionamento do Pix.
O sindicato que representa a categoria marcou ato presencial de protesto, para esta quarta-feira, às 17h, em frente ao BC, em Brasília.