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    Com tese de que nova CPMF é feia mas não é má, Guedes fará defesa no Congresso

    Ministro será ouvido na comissão da Reforma Tributária nesta quarta-feira

    O ministro da Economia, Paulo Guedes (12.fev.2020)
    O ministro da Economia, Paulo Guedes (12.fev.2020) Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

    Basília Rodriguesda CNN

    Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a tentativa de convencer o Congresso a aprovar a nova CPMF lembra o filme de faroeste, de 1966, The Good, the Bad and the Ugly (na tradução literal: “O bom, o mau e o feio”).

    Em conversa relatada por amigos, ao falar do filme, o ministro se encoraja até a assoviar uma melodia que acompanha os filmes de velho oeste, em boa parte das cenas. Os personagens buscam um tesouro enterrado em um cemitério e cada um segue o próprio plano.

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    Guedes será ouvido na comissão da Reforma Tributária nesta quarta-feira (5) e haja analogia para convencer deputados da ideia. O novo imposto não está nesta primeira etapa da proposta encaminhada pelo governo ao Congresso mas ocupa o centro do debate.

    Na cabeça do ministro da Economia, que defende a nova tributação, o personagem que é encarado “bom” dessa história seria também o mais belo. Trata-se do IVA, imposto de valor agregado, que reúne vários tributos em uma alíquota apenas. É o ponto que conta com mais consenso até agora.

    No filme, o personagem “bom” aplica pequenos golpes mas é também considerado o menos sanguinário.

    O “feio” é a nova CPMF, que na proposta do governo ainda não tem nome mas, já se sabe, incidiria sobre transações digitais. Para o ministro, o apelido não cai bem porque o novo imposto não seria tão ruim assim. Guedes avalia que é a melhor alternativa para evitar o impacto do desemprego no país e também financiar o Renda Brasil, para compensar o fim do auxílio emergencial de R$ 600.

    O ministro associa o “mau” aos tributos da folha de pagamento, ou seja, aquilo que torna as contratações mais caras.

    Se a comparação fosse com o nome do filme em português, Guedes, Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também teriam papel cativo. No Brasil, o filme, que tem Clint Eastwood no elenco, levou o título de Três Homens em Conflito. O ministro acha que o ator se sai melhor como diretor.