Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Com Selic alta, vendas de imóveis recuam 9,2% no primeiro trimestre, diz CBIC

    CBIC confere queda em vendas e lançamentos, entre outros fatores, ao patamar elevado da taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano

    Da CNN

    São Paulo

    A Câmara Brasileira da Industria da Construção (CBIC) divulgou nesta segunda-feira (29) os resultados do setor imobiliário no Brasil para o primeiro trimestre de 2023. Os números mostraram recuo tanto no lançamento quanto nas vendas de imóveis.

    Ao todo foram vendidas 72.988 unidades residenciais entre janeiro e março de 2023. O número representa um recuo de 9,2%% em relação ao mesmo período de 2022 e de 5,2% quando comparado com o trimestre imediatamente anterior.

    Entre as regiões do país, o Norte escapou à tendência negativa e apresentou avanço no número de vendas. Ao todo foram comercializadas 1.824 unidades, em um avanço de 6,1% na comparação com o mesmo período de 2022.

    Em relação aos lançamentos a tendência foi negativa em todas as regiões. Ao todo foram lançadas 48.554 unidades residenciais, queda de 30,2% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e de 44,4% em relação ao período de outubro a dezembro de 2022.

     

     

    Em entrevista coletiva para divulgação dos resultados do trimestre, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, indicou que a queda nos números se deve especialmente ao pessimismo dos incorporadores com determinadas condições macroeconômicas.

    Um dos exemplos é o nível elevado da taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano desde agosto de 2022. Martins classificou o patamar como “absurdo” e explicou que ele leva os agentes financeiros a “ficarem mais restritivos com o crédito”.

    Também participou da apresentação o presidente da Comissão de Mercado Imobiliário da CBIC, Celso Petrucci. Ele destacou que caso o cenário persista para os próximos meses as obras e os empregos gerados pelo setor podem ser impactados de maneira ainda mais severa.

    “Estes fatores desencorajam os investimentos privados e podem resultar na queda do emprego no setor. Afinal, os lançamentos de hoje impactam na geração de emprego amanhã”, concluiu.

    Os números relativos ao Minha Casa, Minha Vida também recuaram. Os lançamentos caíram 41,8% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as vendas ficaram 38,4% abaixo.

    Publicado por Danilo Moliterno.