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    Com obras entregues e retomadas, Minha Casa, Minha Vida impactará 100 mil pessoas esse ano, diz ministro à CNN

    Segundo Jader Filho, programa já entregou 10 mil unidades habitacionais e deve retomar a construção de até 25 mil que estavam paralisadas

    Flávio Ismerimda CNN

    São Paulo

    O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou, nesta quinta-feira (13), que o programa Minha Casa, Minha Vida deve impactar a vida de 100 mil pessoas até o fim do ano. O cálculo da pasta foi feito tendo como base a somatória das unidades habitacionais que já foram entregues com as que tiveram suas obras retomadas.

    Em entrevista à CNN, o paraense defendeu a importância dos investimentos em moradia popular e afirmou que o governo não pode mais ter obras paralisadas no setor.

    “As pessoas que moram de aluguel, que estão em áreas de risco ou em situação de rua, essas pessoas têm pressa. A gente não pode ter obra paralisada”, declarou.

    Segundo o ministro, a gestão de Jair Bolsonaro (PL) deixou um legado de 186 mil unidades habitacionais não concluídas no programa — que recebeu o nome de Casa Verde Amarela na administração do carioca. Dentre essas, 83 mil estavam com as obras paralisadas.

    “Nós já retomamos, só nesses primeiros 6 meses, mais de 17 mil unidades habitacionais e até o final do ano nós queremos chegar a mais de 25 mil. Temos feito discussões com a Caixa e com o Banco do Brasil para que o máximo de retomadas possam ser feitas”, disse o ministro.

    Jader Filho também apresentou mudanças no formato do programa, que completará 15 anos em 2024. Para diminuir os custos aos cofres públicos, o Minha Casa, Minha Vida agora focará em construir unidades próximas às áreas urbanas, para que o governo não precise providenciar toda uma rede de infraestrutura para cada empreendimento — como ocorria quando o programa buscava construir unidades em áreas mais afastadas em função do custo dos terrenos.

    “Agora, [os terrenos] têm critérios mínimos para serem escolhidos. Eles não podem ser longe das áreas urbanas, eles têm que estar próximos de escolas, de creches, do posto de saúde, do transporte público, do comércio. Em alguns Minha Casa, Minha Vida que ocorrem no passado, o setor público tinha que acompanhar o empreendimento”, explicou o ministro.

    Conforme anunciado anteriormente, o programa também abraçará o retrofit de edifícios abandonados nos grandes centros urbanos. Outra vantagem que essa modalidade trará ao programa é o fato de que já existe infraestrutura nessas áreas e as moradias já nasceriam abastecidas dos principais serviços públicos.

    “Agente precisa trazer gente, trazer vida para esse centro. Com essa requalificação a gente pode trazer gente para morar ali. Lá já tem escola, já tem posto de saúde, transporte público, comércio. Toda a infraestrutura já está montada, não precisaria ser construída uma nova infraestrutura para isso”, explicou Jader Filho.

    Entrevista produzida por Daniel Rittner