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    Com Copa do Mundo, setor cervejeiro estima fechar ano com 8% de alta no consumo

    Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja projeta crescimento no consumo nos lares e aumento da preferência pela cerveja sem álcool

    Tendência é de fechar o ano de 2022 com o consumo no lar com uma proporção maior do que o usual
    Tendência é de fechar o ano de 2022 com o consumo no lar com uma proporção maior do que o usual Anete Lusina no Pexels

    Beatriz Puenteda CNN

    no Rio de Janeiro

    Com a proximidade da Copa do Mundo, o setor cervejeiro estima que o consumo irá crescer até o fim do ano. Segundo um levantamento do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), as projeções apontam para um incremento de aproximadamente 8% no consumo, em relação a 2021, atingindo um volume de vendas em mais de 15,4 bilhões de litros.

    O Mundial do Catar acontece entre 20 de novembro e 18 de dezembro deste ano. Segundo o superintendente do Sindicerv, Luiz Nicolaewsky, a Copa no período do verão e no contexto das festas de final de ano, traz mais otimismo para as vendas da bebida.

    “A indústria da cerveja está confiante para os próximos meses, com o retorno de festivais musicais, festas tradicionais e a Copa do Mundo, que reúne duas paixões dos brasileiros: a cerveja e o futebol. Será um momento de celebrar, de encontrar a família e os amigos para assistir aos jogos, com o ineditismo de ser realizada em um mês mais quente”, afirmou.

    No entanto, há duas fortes características no consumo da cerveja para este ano. Uma pesquisa de mercado da Euromonitor para a Sindicerv projeta uma alta no consumo nos lares brasileiros.

    Antes da pandemia, em 2019, o consumo de cerveja girava entorno de 38% no off-trade, em pontos de venda como supermercados, hipermercados e mercearias; e em bares e restaurantes totalizava 62%. Durante a pandemia de Covid-19, devido às medidas restritivas, esse hábito tradicional do brasileiro retraiu.

    Em 2021, o desempenho do consumo de cerveja fora do lar passou a registrar 58,4% do total, enquanto o consumo off-trade subiu para 41,6%. Logo, segundo a Sindicerv, a tendência é de fechar o ano de 2022 com o consumo no lar com uma proporção maior do que o usual.

    Para o diretor geral da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), Paulo Petroni, o fator econômico também tem impactado o consumo, já que, nos estabelecimentos, o custo da bebida é mais alto e a disponibilidade de renda para o consumo está menor do que o padrão.

    De acordo com os dados do IPCA, a cerveja consumida no domicílio teve 5,9% de alta no ano, enquanto a bebida fora do domicílio chegou a 5,3%. No entanto, o consumo fora do lar tem acréscimo ainda de itens como serviço e o lucro do estabelecimento.

    Além disso, o setor projeta que a categoria de cerveja sem álcool tenha uma alta de 37% no acumulado deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 400 milhões de litros consumidos em todo o Brasil.

    No ano passado, a categoria já havia crescido 44% em relação a 2020, com a venda de 284 milhões de litros, segundo o monitoramento do sindicato.

    Apesar de ainda representar uma parcela discreta do consumo total do mercado, o segmento destaca a dimensão do crescimento desse tipo de cerveja considerando o momento de recuperação pós pandemia.

    O setor cervejeiro acrescenta que há uma crescente busca do consumidor por um estilo de vida mais equilibrado e que os investimentos em inovação e sabor impulsionaram a categoria.

    Bares e restaurantes se preparam

    As festividades como Natal e Réveillon e a Copa do Mundo da Fifa impulsionaram a contratação de funcionários no setor de bares e restaurantes.

    Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 45% dos empresários afirmam ter a intenção de ampliar o quadro de colaboradores até o final deste ano. Outros 25% disseram já terem contratado efetivo extra em setembro.