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    Com ações a US$ 9, Nubank estreia nesta quinta na Bolsa de Nova York

    Criado há oito anos para oferecer um cartão de crédito gratuito, o Nubank passa a valer US$ 41,5 bilhões, ficando à frente do Itaú Unibanco

    Do CNN Brasil Business*

    O banco digital Nubank precificou suas ações classe A nesta quarta-feira (8) a US$ 9 cada, em uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de Nova York. os ativos começam a ser negociados nesta quinta.

    Os investidores brasileiros também podem comprar os papéis por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipt), um certificado que representará 1/6 da ação nos Estados Unidos. No início das negociações, o ativo, cujo ticker é NUBR33, custava R$ 8,36.

    A companhia levantou US$ 2,6 bilhões no IPO, considerando apenas a oferta base.

    Criado há oito anos para oferecer um cartão de crédito gratuito, o Nubank passa a valer US$ 41,5 bilhões, ficando à frente do Itaú Unibanco.

    O Nubank revelou os preços em documento enviado à Securities and Exchange Comission (SEC) antes de sua estreia na bolsa na hoje. A companhia fechou o pregão desta quinta-feira com alta de 14,78%, a US$ 10,33.

    O IPO está sendo visto como indicador do apetite dos investidores por fintechs em mercados emergentes.

    Uma estreia bem-sucedida pode abrir caminho para que várias outras startups, inclusive da América Latina, listem ações, enquanto uma recepção fraca pode levar muitos a atrasar seus planos.

    Na semana passada, o Nubank decidiu reduzir sua avaliação do IPO em 20%, após enfrentar a fraca demanda de investidores cautelosos com fintechs bancárias não lucrativas.

    Além de reduzir sua avaliação, o Nubank também reuniu alguns investidores âncora com apetite para adquirir pelo menos US$ 1,3 bilhão em ações, incluindo sócios atuais como Sequoia e Tiger Global, e novos, como SoftBank Latin America.

    O IPO de Nubank também ressalta como as fintechs estão enfrentando bancos físicos no cenário bancário altamente concentrado da América Latina.

    Com o respaldo da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, da Tencent Holdings e da Sequoia, entre outros, o Nubank planeja usar os recursos para capital de giro, despesas operacionais e de capital e também para aquisições.

    O presidente e fundador do banco, David Velez, um colombiano formado em Stanford, decidiu empreender em produtos financeiros na América Latina após perceber a burocracia para abrir uma conta corrente no Brasil. Atualmente, a fintech possui 48 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia.

    Morgan Stanley, Goldman Sachs, Citigroup e NuInvest lideram a oferta como coordenadores globais.

    No prospecto, o Nubank informou que pretende usar os recursos líquidos da oferta para propósitos corporativos gerais, incluindo capital de giro, despesas operacionais e dispêndios de capital.

    Além disso, a companhia pode usar uma parte dos rendimentos líquidos para adquirir ou investir em negócios, produtos, serviços ou tecnologias.

    *Com Reuters