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    China corta taxa de juros pela 2ª vez na semana após dados negativos da economia no país

    Redução foi de 2,75% a 2,65%, primeira desde agosto passado, e amplamente esperada

    Michelle Tohda CNN , Hong Kong

    A China cortou outra taxa de juros importante nesta quinta-feira (15) – o segundo corte nesta semana – depois que uma série de dados oficiais pintou um quadro sombrio da recuperação pós-Covid na segunda maior economia do mundo.

    O Banco Popular da China baixou sua principal taxa básica de juros – a taxa de empréstimo de médio prazo – de 2,75% para 2,65%. A taxa de um ano determina o custo de empréstimos aos bancos.

    Foi a primeira redução desde agosto passado, e amplamente esperada após um corte surpresa do banco central na terça-feira para a taxa de recompra reversa de sete dias da China.

    O corte da taxa de recompra – também em 0,1 ponto percentual, para 1,9% – marcou o primeiro desde agosto. A medida aumentará a liquidez no sistema bancário e tornará os empréstimos de curto prazo mais baratos, enquanto as autoridades continuam tentando sustentar uma economia cambaleante.

    Nesta quinta-feira, novos dados do governo ressaltaram a batalha difícil que o país enfrenta, com compradores recuando e fábricas desacelerando.

    As vendas no varejo subiram 12,7% em maio em comparação com o ano anterior, mas caíram em relação ao crescimento de 18,4% no mês anterior e menos do que os economistas esperavam. A produção industrial cresceu 3,5%, em linha com as estimativas de consenso, mas o crescimento foi mais fraco do que em abril.

    Enquanto isso, ainda mais jovens nas cidades e vilas da China estão desempregados.

    O desemprego entre os jovens urbanos – já em níveis altos – atingiu outro novo recorde em maio, chegando a 20,8%. Foi um pequeno aumento em relação aos dados de abril, que mostraram que a taxa de desemprego para pessoas entre 16 e 24 anos havia chegado a 20,4%. O desemprego rural não consta dos dados oficiais.

    Em uma recente visita à China, o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, expressou preocupação com o número. “É um número assustador”, disse ele em entrevista à TV Bloomberg. “Eles precisam de crescimento [econômico].”

    A taxa de desemprego juvenil pode ficar ainda pior quando um recorde de 11,6 milhões de estudantes universitários entrar no mercado de trabalho neste verão, conforme estimado pelo ministério da educação no início deste ano.

    A maioria dos dados econômicos mais recentes “estão abaixo do já baixo consenso”, disse Larry Hu, economista-chefe do Macquarie para a China, observando que a fraqueza aumentou a “urgência de mais estímulos”.

    “Os últimos cortes nas taxas sugerem que os formuladores de políticas sentem claramente a urgência de intensificar o apoio às políticas”, escreveu ele em um relatório na quinta-feira.

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