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    CEO recua e diz que ChatGPT não tem planos de deixar Europa

    Na semana passada, Sam Altman havia afirmado durante uma entrevista coletiva em Londres que a OpenAI faria o possível para cumprir com a nova legislação, mas que, caso não conseguisse, poderia 'deixar de operar' no mercado europeu

    Maria Isabel Miqueletto e Alice Labate, do Estadão Conteúdo

    O CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT, Sam Altman, voltou atrás em sua afirmação de que a empresa poderia “deixar de operar” no mercado europeu caso não conseguisse cumprir a regulamentação da inteligência artificial (IA) que está sendo desenvolvida pela União Europeia (UE).

    Nesta sexta-feira, 26, o CEO afirmou, por meio do Twitter, que a OpenAI não tem planos de deixar a Europa.

    “Estamos animados para continuar operando aqui e, é claro, não temos planos de sair”, disse o CEO no Twitter.

    A afirmação veio em meio à semana de reuniões que Altman tem feito na Europa com políticos da França, Espanha, Polônia, Alemanha e Reino Unido para discutir o futuro da IA e do ChatGPT. “Uma semana muito produtiva de conversas na Europa sobre como regulamentar melhor a IA”, tweetou ele.

    Sam Altman é CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT | Crédito: Getty Images

    Na semana passada, Altman havia afirmado durante uma entrevista coletiva em Londres que a OpenAI faria o possível para cumprir com a nova legislação, mas que, caso não conseguisse, poderia ‘deixar de operar’ no mercado europeu, segundo o site americano The Verge. O CEO ressaltou que existem limites técnicos para o que é viável no momento.

    O projeto da União Europeia propõe que os criadores dos sistemas de IA em grande escala divulguem detalhes sobre o plano de seus sistemas e forneçam resumos dos dados protegidos por direitos autorais usados no treinamento – uma espécie de segredo do funcionamento da tecnologia. No passado, a OpenAI compartilhava esse tipo de informação, mas parou devido ao valor comercial crescente de suas ferramentas. A empresa teme que revelar informações sobre seus métodos de treinamento e fontes de dados possa levar ao uso dos mesmos métodos por parte dos concorrentes.

    Além das ameaças comerciais, a exigência de identificar o uso de dados protegidos por direitos autorais pode expor a OpenAI a possíveis ações legais.

    Os sistemas generativos de IA, como ChatGPT e DALL-E, são treinados usando grandes quantidades de dados coletados da web, muitos dos quais são protegidos por direitos autorais, que, se divulgados, podem processar a empresa.

    Os eventos fazem parte da “tour mundial” que o CEO está fazendo. Na última semana, Altman esteve no Brasil, em um evento no Rio de Janeiro, e afirmou que a IA deve trazer riscos e acabar com algumas profissões que existem hoje.

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