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    CEO posta foto chorando após demitir funcionários e imagem viraliza; entenda

    Braden Wallake atribuiu a culpa pelas demissões a decisões ruins tomadas por ele

    Publicação no LinkedIn já tem mais de 50 mil curtidas
    Publicação no LinkedIn já tem mais de 50 mil curtidas RichVintage / Getty Images

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business

    em São Paulo

    “Esta será a coisa mais vulnerável que eu vou compartilhar”. É assim que começa o post de Braden Wallake, CEO de uma empresa de marketing nos Estados Unidos, em que ele aparece chorando após demitir dois de seus funcionários.

    Na publicação, feita no LinkedIn, rede social voltada ao mundo corporativo, Wallake atribuiu a culpa pelas demissões a decisões ruins tomadas por ele.

    “Tivemos que demitir alguns de nossos funcionários. Vi muitos posts sobre demissões nas últimas semanas no LinkedIn. A maioria deles é devido à economia, ou qualquer outro motivo. [O motivo do] Nosso? Minha culpa”, disse o CEO.

    Wallake relatou que tomou uma decisão em fevereiro e a manteve por “muito tempo”, e “por causa dessas falhas, tive que fazer hoje, a coisa mais difícil que já tive que fazer”, ao se referir às demissões.

    “Em dias como hoje, eu gostaria de ser um empresário que fosse movido apenas pelo dinheiro e não se importasse com quem ele machucou ao longo do caminho. Mas eu não sou. Então, eu só quero que as pessoas vejam que nem todo CEO por aí é insensível e não se importa quando ele/ela tem que demitir pessoas”, ressaltou.

    Ainda no post, o CEO disse que “eu sempre contratei pessoas com base em quem elas são como pessoas. Pessoas com grandes corações e grandes almas. E não consigo pensar em um momento pior do que este”.

    CEO
    Braden Wallake é CEO de uma empresa de marketing nos Estados Unidos / Braden Wallake/LinkedIn

    A publicação, feita no início de agosto, viralizou na rede social e, em uma semana, já acumula mais de 50 mil curtidas. Nos comentários, os usuários se dividiram entre os que elogiaram Wallake pela postura e os que criticaram o post, afirmando que seria uma forma de atrair atenção e popularidade.

    A empresa de Wallake, a HyperSocial, é especializada em impulsionamento de posts no LinkedIn, com o objeto que eles tenham o maior número possível de curtidas e compartilhamentos. Ao menos 19 funcionários são listados como tendo conta na rede social.

    O CEO falou sobre o tema em entrevista à Motherboard, uma seção especializada em tecnologia do site da Vice. Segundo ele, o objetivo da publicação era mostrar que nem todo diretor de uma empresa é insensível.

    “Há muitos outros empresários por aí que estão demitindo as pessoas. E não estão demitindo porque eles estão acumulando seus próprios lucros, é porque os negócios são assim. Eu só queria dizer que não são apenas empresas ricas e sedentas por lucro que estão fazendo demissões, e há pessoas normais por trás de muitas demissões também”, defendeu.

    Segundo ele, uma das demissões foi feita pelo próprio CEO, enquanto a outra foi feita pela sua namorada, que também é sócia na empresa.

    Wallake afirmou ainda que tentou evitar ao máximo as demissões, reduzindo integralmente seu salário. Na entrevista, ele disse que não buscou implicar que sua experiência foi pior que a dos demitidos, mas que acredita em uma “transparência” no LinkedIn, e por isso queria compartilhar as dificuldades que enfrenta enquanto dono de um negócio.

    “Este foi um momento ruim na minha vida. [Eu] não estava tentando comparar minha tristeza com a dos funcionários demitidos, porque a deles é muito pior. Mas apenas queria compartilhar a jornada pela qual estou passando pessoalmente como empresário no mundo atual”, ressaltou.