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    Cena fiscal no Brasil e tensões geopolíticas pesam sobre o mercado nesta terça

    Cenário geopolítico internacional e previsão de aumento dos juros nos Estados Unidos faz petróleo tipo Brent alcançar maior valor em mais de sete anos

    Priscila Yazbekda CNN , Em São Paulo

    A previsão de alta de juros nos EUA e tensões geopolíticas pesam sobre os mercados nesta terça-feira (18). No Brasil, a avaliação do governo de recompor o corte de metade do orçamento da Receita Federal para conter a mobilização de servidores, é monitorada de perto pelos investidores.

    Começando pelo exterior, futuros americanos abrem o dia em queda na volta do feriado de Martin Luther King. A previsão de aumento de juros nos Estados Unidos pressiona a bolsa.

    As taxas dos Treasuries, títulos públicos com prazos de dez anos, passam de 1,8%, e os títulos de dois anos passam de 1% pela primeira vez desde fevereiro de 2020. Com os títulos mais líquidos e seguros do mundo pagando um rendimento maior, a atratividade da bolsa cai.

    A alta dos juros se soma aos dados fracos que sinalizam que a economia americana deve crescer menos. Ambos os fatores têm feito investidores buscarem ganhos em outros mercados, como em emergentes e em commodities.

    O petróleo tipo Brent passou dos US$ 87, o maior valor em mais de sete anos. Além da rotação para as commodities, tensões geopolíticas também pressionam o preço do barril.

    Além de Rússia e Ucrânia, pesa para o clima de tensão um ataque feito com drone nesta segunda-feira (17) a instalações de petróleo em Abu Dhabi, realizado pelo grupo rebelde Houthis, do Iemên.

    Com o clima de cautela no exterior e alta nas taxas de juros, bolsas na Europa caem pela manhã. Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em queda, mas índices da China continental subiram, com promessas de estímulos à economia, depois dos dados fracos de varejo.

    Brasil

    Vindo para o Brasil, o destaque fica para a mobilização dos servidores federais. 19 categorias devem participar da paralisação prevista para começar nesta terça-feira (18), segundo a Fonacate, que representa o funcionalismo federal.

    Segundo o analista da CNN Gustavo Uribe, o governo federal avalia recompor o corte de metade do orçamento da Receita Federal, para conter a mobilização. O corte equivale a R$ 1,7 bilhão, exatamente o mesmo valor do reajuste dos policiais federais (PF). Foi a promessa de reajuste à PF que desencadeou a mobilização das outras categorias por reajuste.

    Outro destaque no cenário brasileiro é a abertura de investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a Petrobras, de suposto abuso no reajuste de combustíveis. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, disse que irá pautar em fevereiro os projetos para conter as altas nos preços do gás e da gasolina

    O mercado também monitora falas de assessores econômicos de presidenciáveis, que sinalizam para o aumento do risco fiscal. Segundo analistas, as eleições já começam a pesar sobre a bolsa.

    O Ibovespa futuro cai 0,84%, acompanhando o desempenho no exterior, a 106.442 pontos, com o dólar subindo 0,34%, a R$ 5,54. O S&P 500 Futuro cai 0,95%, a 4.618 pontos.

    Agenda do Dia

    Em dia sem indicadores relevantes no Brasil, os destaques ficam para a divulgação do relatório de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e para o nível dos estoques de petróleo nos Estados Unidos.

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