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    Carteira recomendada de fundos imobiliários: veja o ranking dos papéis de julho

    Capitania Securities II teve seis recomendações. Fundos Bresco Logística e CSHG Real Estate ficaram em segundo lugar, ambos com cinco indicações

    Algumas classes de fundo tendem a demonstrar uma maior resiliência a estes movimentos abruptos, como os fundos de papel
    Algumas classes de fundo tendem a demonstrar uma maior resiliência a estes movimentos abruptos, como os fundos de papel Foto: krisanapong detraphiphat/Getty Images

    Artur Nicocelido CNN Brasil Business em São Paulo

    Especialistas entrevistados pelo CNN Brasil Business apontaram que os principais aspectos que investidores de fundos imobiliários (FIIs) devem ficar atentos em julho são: os indicadores de inflação e os resultados financeiros das empresas.

    Se os preços de bens e serviços continuarem subindo, os bancos centrais serão pressionados a acelerar a alta de juros nas próximas reuniões, o que afetaria a cotação dos fundos, diz Bruno Viveiros, analista de investimentos da Warren.

    Porém, algumas classes de fundo tendem a demonstrar uma maior resiliência a estes movimentos. Fundos de papel, por exemplo, se comportaram de maneira mais positiva nos últimos meses diante das características dos ativos que possuem títulos indexados em inflação e ao CDI.

    O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado de 12 meses é de 11,73%, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou em 0,1 ponto percentual a projeção de inflação para 2022, de 6,5% para 6,6%.

    Já os balanços das empresas indicam um desaceleração da economia, o que não deixaria os fundos imobiliários livres do processo de desinvestimento da economia real, em troca da busca por segurança, afirma Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações de renda variável da Ação Brasil.

    “Normalmente em momentos de recessão, opta-se pela redução dos investimentos não só no mercado imobiliário, muito em função pela aumento da percepção de risco do investidor, além da menor confiança do consumidor e do empresariado”.

    Somando a isso, o especialista diz haver o período eleitoral, e que historicamente adiciona volatilidade aos mercados. A eleição no Brasil está marcada para 2 de outubro.

    Carteira de julho

    O CNN Brasil Business analisou as indicações de oito corretoras e bancos: XP, Warren, Genial, Ativa, Guide, BTG Pactual, Órama e Terra Investimentos.

    Os três fundos mais sugeridos para este mês foram os mesmos do levantamento realizado para junho: Capitania Securities II, Bresco Logística e CSHG Real Estate.

    Veja o que os analistas disseram sobre os FIIs com maiores recomendações para julho:

    Capitania Securities II

    Ticker: CPTS11

    Comentário: XP

    O Fundo tem o objetivo de proporcionar rentabilidade aos seus cotistas através da aquisição preponderantemente de ativos de origem imobiliária, conforme a política de investimento definida no Capítulo IV de seu regulamento.

    O portfolio possui grande diversificação de segmentos e também um mix saudável de ativos com maior risco e retorno (high yield) e de menor risco (high grade) – maior a proporção de CRIs high grade.

    Nossa visão e recomendação é que nos últimos dividendos distribuídos giraram em torno de R$1,10 por cota, o que representa um dividend yield anualizado de 14,5%.

    No mais, os fundos de papel se beneficiam em ambiente de inflação e juros mais elevados.

    Bresco Logística

    Ticker: BRCO11

    Comentário: BTG Pactual

    O Bresco Logística FII é  um fundo imobiliário focado em renda e  gestão ativa, com o objetivo de investir  em galpões logísticos que apresentem elevado padrão construtivo, além de  localização próxima às principais regiões de consumo.

    Atualmente, o BRCO possui ativos localizados nos estados de  São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná,  Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

    A nossa sugestão de compra para o BRCO11 é  pautada nos seguintes pilares: grande exposição ao estado de São Paulo, principal mercado consumidor do país; maior exposição a contratos atípicos; imóveis de altíssimo padrão; e maior previsibilidade de receitas.

    Do ponto  de vista dos locatários, o fundo possui grande exposição a inquilinos com boa qualidade creditícia e relevante posicionamento em seus mercados de  atuação, como Grupo Pão de Açúcar, Magazine Luiza, Natura, BRF, B2W,  Mercado Livre, entre outros.

    CSHG Real Estate

    Ticker: HGRE11

    Comentário: Órama

    Gerido pelo Credit Suisse, seu portfólio conta com 19 imóveis, com maior exposição em São Paulo. Apesar de bastante pulverizada, a vacância financeira do portfólio não é baixa, atualmente em 24,6%.

    Quanto às atividades comerciais, o fundo está bastante ativo na busca por novos locatários para ocupar as áreas vagas, e já vem anunciando novas locações.

    Segundo informado pelo gestor, o fechamento de vacância e aumento de renda recorrente são os principais objetivos para 2022.

    Considerando os preços de aluguel pedidos e redução de custos, o fundo possui potencial de entrega de R$ 1,05 por cota (dividend yield de 10%).

    O HGRE está passando por um período de renovação do portfólio, buscando o aumento da participação em determinados ativos e a alienação de imóveis fora de São Paulo. Essa estratégia vem gerando ganhos de capitais adicionais, e reforça o foco na gestão de imóveis de maior qualidade.