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    Campos Neto defende melhora na narrativa sobre política fiscal e pauta ambiental

    Ainda de acordo com o chefe da autoridade monetária, organismos internacionais já relataram, inclusive, a percepções de que o Brasil está "parado"

    Bia GurgelAnna Russida CNN

    Brasília

     

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu que o Brasil se esforce mais para melhorar a narrativa sobre a situação fiscal do país na visão de investidores estrangeiros. Outro ponto que, segundo ele, precisa ser melhorado na visão internacional, é a pauta ambiental.

    “Acho que a imagem que investidores têm é menor que a coordenação que temos. Precisamos comunicar isso melhor”, avaliou nesta sexta-feira (27), em participação de evento da Febraban.

    “Temos que continuar as reformas estruturantes, a parte fiscal, que tem melhorado, mas precisamos melhorar a narrativa. Temos que pensar no tema ambiental que também preocupa investidores. E mostrar coordenação no que temos feito”, defendeu.

    Ainda de acordo com o chefe da autoridade monetária, organismos internacionais já relataram, inclusive, a percepções de que o Brasil está “parado”.

    “Falei (em conversa com organismo internacional): te lanço um desafio, me diz um país dos 50 que você cobre que fez reformas estruturantes no meio da pandemia. E ele falou: mas que reforma vocês fizeram? Depois da quarta que eu falei, ele disse: vocês têm que trabalhar para melhorar a narrativa, porque, se isso tudo que você está falando é verdade, não é a percepção aqui fora”, contou.

    Campos Neto ainda se disse “bastante empolgado” com as falas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que também participou do evento e reforçou o compromisso do Congresso em cumprir o teto de gastos.

    Agenda sustentável

    Na área ambiental e de sustentabilidade, o presidente do BC destacou a agenda da autoridade monetária. “É importante falarmos um pouco do que já fazemos na parte de renováveis e de crédito de carbono voluntário. Poucos lá fora sabem o que o Brasil tem avançado nesse sentido”, comentou.

    “É um trabalho de todos e eu vou na COP 23 para avançar o discurso nesse sentido e apresentar uma agenda mais prática para melhorar a imagem do Brasil e isso dá para fazer com o que já temos hoje”, ressaltou.

    Mais segurança no Pix

    Sem dar detalhes, Campos Neto também adiantou que o BC deve apresentar, em breve, conjunto de novas medidas para elevar ainda mais a segurança do Pix. “Para que as pessoas saibam melhor como usar o Pix, bloquear o Pix em alguns horários. (A ideia é) aprimorar meios de pagamento para que formas de pagamento sejam mais seguras”, explicou.

    “O Pix é mais rápido para rastrear e podemos remediar crimes de forma mais eficaz, ao contrário do que muitos pensam”, completou.