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    Câmara aprova proibição de confisco do auxílio emergencial para quitar de dívida

    O texto classificou o valor de R$ 600 pago pelo governo aos informais durante a pandemia como recurso de natureza alimentar; texto vai para o Senado

    Pessoas fazem fila em agência da Caixa para tentar receber o auxílio emergencial: benefício não pode ser confiscado por dívida
    Pessoas fazem fila em agência da Caixa para tentar receber o auxílio emergencial: benefício não pode ser confiscado por dívida Foto: Pilar Olivares - 29.abr.2020/Reuters

    Estadão Conteúdo

    A Câmara aprovou nesta quarta-feira, 15, projeto que proíbe o confisco do auxílio emergencial para quitação de dívidas. A proposta vai agora ao Senado. O texto classifica o valor de R$ 600 pago pelo governo aos informais durante a pandemia como recurso de natureza alimentar.

    Com isso, a medida impede sua penhora ou bloqueio, inclusive judicial ou bancário, visando o pagamento de dívidas ou de prestações. A exceção seria para o caso de pensão alimentícia, porém, no limite de 50%.

    Um dos autores da proposta, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) acredita que a lei vai evitar “injustiças”.

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    “Nós recebemos várias reclamações de pessoas que perderam seu benefício, único dinheiro para colocar comida na mesa, para bancos”, disse. Os deputados democratas Alexandre Leite (SP) e Efraim Filho (PB) são coautores da proposta.

    Em maio, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou o caso do vendedor autônomo Neri Genz, de 64 anos, sem renda desde o início das medidas de combate ao novo coronavírus, no início de março, teve uma surpresa quando foi à agência da Caixa Econômica Federal em Abadiânia (GO) sacar os R$ 600 do auxílio emergencial. O valor havia sido bloqueado por ordem da Justiça para pagamento de uma dívida.

    O caso de Genz é relatado na justificativa do projeto de lei. “Trata-se de uma situação pontual, mas que bem exemplifica o drama a que estão sujeitos milhões de brasileiros, impedidos pela falta de clareza da legislação, de aplicação equivocada das leis já existentes e da burocracia estatal para o recebimento de recursos indispensáveis à sua sobrevivência”, justificam os parlamentares.

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