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    Caixa quer atingir 150 milhões de clientes com reposicionamento digital, diz novo presidente

    Carlos Vieira disse que pretende melhorar o índice de produtos e o ser o primeiro banco a trazer a baixa renda para o mercado de capitais

    Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (14)
    Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (14) Reprodução/ YouTube

    Diego Mendesda CNN

    São Paulo

    O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, disse nesta terça-feira (14) que a intenção do banco é bater o número de 150 milhões de clientes, fazendo que instituição seja a primeira opção dos correntistas.

    Segundo ele, a digitalização das operações e a modernização dos canais estão entre as prioridades dessa nova gestão.

    “Hoje nós temos contas na Caixa que chegam a 150 milhões. O que precisamos agora é transformar essas contas em 150 milhões de clientes que tenham a Caixa como primeiro relacionamento”, disse durante entrevista coletiva sobre o balanço financeiro do terceiro trimestre.

    “O objetivo é transformar essa base, da qual nós temos em torno de 20% como clientes efetivos da Caixa, e trazer para serem clientes que fazem negócio conosco”.

     

    Atualmente, a Caixa tem aproximadamente 150 milhões de contas, mas o número não equivale ao total de clientes, explicou Vieira.

    Muitas contas são para acessar linhas de crédito ou benefícios sociais, como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), porém, não são correntistas que utilizam os outros serviços bancários.

    Além disso, Vieira ressaltou que buscará aproximação com fintechs para melhorar e acelerar processos internos.

    “Vamos buscar aproximação com fintechs que já saibam fazer o que a gente faz, mas de maneira digital”, comentou. “Hoje, a empresa não consegue cumprir seu orçamento de tecnologia. Precisamos melhorar”, disse Vieira.

    Mudanças

    Em relação às mudanças que irá promover da gestão da sua antecessora, Rita Serrano, o novo presidente disse que “o que é bom será mantido”. “Queria fazer um reconhecimento à Rita Serrano. Ela trouxe a Caixa de volta para esse nível”, afirmou.

    No entanto, Vieira pontuou que novas estratégias ainda serão divulgadas, além de salientar a necessidade de melhorar a rentabilidade das operações.

    Sem dar muitos detalhes, o presidente revelou que a Caixa será o primeiro banco a trazer a baixa renda para o mercado de capitais e que a governança irá aumentar, tornando a instituição cada vez mais digital.

    Balanço

    A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,241 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com números divulgados nesta segunda-feira (13).

    Em relação ao mesmo período do ano passado, houve alta de 16,5%.

    Os números foram impulsionados pelo aumento de 15,7% na margem financeira da instituição e, em menor escala, pelas receitas com serviços.

    Segundo a Caixa, a receita com operações crédito teve um crescimento de 17% em 12 meses, enquanto as operações da tesouraria geraram resultado 6,4% maior, e as aplicações interfinanceiras observaram um crescimento de 30,3% em resultado.

    O balanço é o primeiro divulgado sob a gestão de Carlos Vieira, que assumiu a Caixa na última semana. Entretanto, o período refere-se à gestão de Rita Serrano, que comandou o banco até o final de outubro.

    Crédito

    A carteira de crédito da Caixa chegou a R$ 1,091 trilhão, um crescimento de 11,7% em relação a setembro de 2022.

    Na coletiva, o vice-presidente financeiro da Caixa, Marcos Brasiliano, disse que, se o banco continuar ganhando por “WO” na concessão de crédito, a tendência é que a carteira cresça acima de dois dígitos em 2024.

    Questionados se a instituição está tomando risco em excesso com o crédito, Vieira assumiu o microfone e ressaltou que o banco tem uma carteira saudável e não tomou risco, mas viu uma oportunidade de crescer.

    “Não é que o mercado está certo e a Caixa errada, e nem o contrário. São objetivos diferentes”, acrescentou Brasiliano.

    Referente ao crédito imobiliário, o vice-presidente financeiro disse que a Caixa quer manter o nível em 2024.

    “Temos discutido várias alternativas de funding, como manter o FGTS elevado e debatendo compulsórios com Banco Central”, concluiu.

    Veja também: Governo demite presidente da Caixa Econômica Federal e nomeia substituto