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    BTG Pactual lança banco digital de varejo para disputar com Nubank, Inter e C6

    Amos Genish, sócio sênior do BTG Pactual e responsável pela Unidade de Varejo Digital:  
    Amos Genish, sócio sênior do BTG Pactual e responsável pela Unidade de Varejo Digital:   Foto: BTG Pactual

    Natália Flach,

    do CNN Brasil Business, em São Paulo

    O BTG Pactual entra na disputa com os bancos de varejo digitais, como Banco Inter, Nubank, Original, C6, Agibank, entre outros. Nesta segunda-feira (14), o banco de investimentos anunciou que seu banco de varejo, o BTG+, vai oferecer conta corrente, cartão de crédito, gestão financeira, além de transferências, a partir de janeiro do ano que vem.

    “Seremos o banco com o ecossistema de produtos e serviços financeiros digitais mais relevante do Brasil, centrado nas necessidades dos clientes de varejo e PMEs, impulsionado por tecnologia, balanço sólido e know-how, inovação e portfólio completo”, afirma Amos Genish, sócio sênior do BTG Pactual e responsável pela Unidade de Varejo Digital, em nota.

    O número de bancos que não têm agências físicas vem crescendo ano após ano — somente entre 2017 e 2018, o avanço foi de 147%, de acordo com boostLAB —, e o modelo ganhou mais clientes durante a pandemia do novo coronavírus. Para se ter ideia, nos últimos 18 meses, o total de correntistas do Nubank passou de 5 milhões para os atuais 30 milhões.

    É uma operação que tem menos despesas com agências e funcionários, pois tudo é feito virtualmente. Não à toa, até bancões como Bradesco (com valor de mercado de US$ 34,8 bilhões) têm um banco digital para chamar de seu: o Next que tinha 500 mil contas ativas em dezembro de 2018 deve chegar a 3,5 milhões em dezembro deste ano. Destes total, 76% não são correntistas do Bradesco.

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    A estreia do BTG+ coincide também com o início da operação do PIX, em novembro, que vem provocando uma verdadeira corrida entre os bancos para se tornar a conta escolhida dos clientes. De acordo com um estudo da Bain & Company, o fim do TED e DOC pode significar uma perda de R$ 1 bilhão para os bancos até 2025. Portanto, ter a preferência do cliente com tantas opções de contas de pagamento pode significar a venda de um empréstimo ou de um cartão de crédito, fontes de receita para as instituições.

    Além do banco de varejo, o BTG, que tem valor de mercado de US$ 13,4 bilhões, anunciou a operação do BTG+ business, plataforma digital de soluções para pequenas e médias empresas. 

    “Hoje, temos 5,3 mil clientes de micro, pequenas e médias empresas com esse perfil, responsáveis por um portfólio de crédito de R$ 4,9 bilhões. Queremos garantir que eles tenham acesso às melhores soluções do mercado para todos os desafios do dia a dia”, afirma Rogério Stallone, diretor responsável por crédito corporativo no BTG Pactual e co-head do BTG+ business, em nota.

    Rentabilidade

    Por causa da Covid-19, os bancos tiveram de aumentar o colchão contra calotes, o que fez com que o lucro e o retorno caíssem em 2020. Enquanto a rentabilidade média sobre ações (ROE) do Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e BTG foi de 21% no ano passado, a expectativa para este ano é de 13,3%. Já para o ano que vem a estimativa é 15,9%, de acordo com relatório do BTG.

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