Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Brasileiros terão churrasco mais caro e energia mais barata para assistir aos jogos da Copa

    Segundo levantamento do FGV Ibre, carne e cerveja tiveram alta de 5,8% nos últimos 12 meses, enquanto luz apresentou deflação de quase 20%

    Segundo o levantamento do FGV Ibre, também não sairá barato se reunir para acompanhar a seleção fora de casa
    Segundo o levantamento do FGV Ibre, também não sairá barato se reunir para acompanhar a seleção fora de casa Foto: Andrik Langfield/Unsplash

    Beatriz Puenteda CNN

    no Rio de Janeiro

    Faltam nove dias para o início da Copa do Mundo do Catar, e uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) levantou a inflação dos principais produtos e itens consumidos por quem gosta de reunir a família e os amigos para acompanhar as partidas. Levando em conta dos últimos 12 meses, o índice geral da cesta ficou em -0,94%.

    O resultado foi puxado principalmente pela energia elétrica e pela comunicação, que registraram, respectivamente, deflação de 19,59% e 3,07%. A conta de luz, por exemplo, foi influenciada pela adoção da bandeira verde, após um período da bandeira de escassez hídrica.

    No entanto, os itens de churrasco tiveram altas. A cerveja está 10,9% mais cara, já refrigerantes e água chegaram a 11,10% de aumento. As carnes bovinas subiram 5,8% e as suínas, 2,46%.

    “A energia caiu muito por conta do ICMS, que foi cortado. Foi essencial para essa forte queda no preço. No churrasco, a gente vê que a carne bovina sofre mais com a dinâmica internacional e aumento dos custos de produção. No entanto, se você considerar que todos os dias de jogos vai encher a geladeira e fazer churrasco, vai pesar mais no bolso o churrasco”, avaliou o economista Matheus Peçanha, pesquisador responsável pelo estudo.

    Para quem deseja economizar, a pesquisa traz opções de cortes que tiveram queda no período dos últimos 12 meses, como o pernil de porco (-1,73%), o lombo (-0,12%), a costela suína (-1,54%) e a costela bovina (-0,04%).

    Segundo o levantamento do FGV Ibre, também não sairá barato se reunir para acompanhar a seleção fora de casa. O custo da alimentação em bares e restaurantes subiu em média 8,06% nos últimos 12 meses.

    “Foi um setor que sofreu muito na pandemia, enfrentou dois anos com alta dos alimentos e agora, nesses momentos de alta demanda, infla mais o preço”, destacou Peçanha.

    Outros produtos que compõem a cesta e que apresentaram uma leva alta foram os artigos esportivos e os artigos de decoração. Eles registraram 1,68% e 2,69% de alta, respectivamente. No entanto, o pesquisador destaca que esses itens geralmente são comprados em períodos sazonais e têm baixa prioridade de compra em comparação com os demais.